Cinco coisas que você precisa saber para começar esta sexta-feira, 12 de abril

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Bloomberg Línea — Em uma semana movimentada, esta sexta-feira (12) traz a divulgação de mais dados econômicos tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

Por aqui, será publicado o crescimento do setor de serviços e nos Estados Unidos, dados como as expectativas de inflação Michigan e os preços de bens exportados.

Além disso, os traders monitoram a situação da Petrobras (PETR3; PETR4). Ontem, um tribunal suspendeu o presidente indicado pelo governo por supostos conflitos de interesse.

O foco do mercado também se voltará para os resultados corporativos mais tarde, à medida que grandes bancos, incluindo JPMorgan (JPM), Wells Fargo (WFC) e Citigroup (C), iniciam a temporada de balanços do primeiro trimestre nos EUA.

Os investidores estarão atentos aos guidances dos bancos e aos comentários sobre medidas-chave de lucro, como receita líquida e investment banking.

Confira a seguir cinco destaques desta sexta-feira (12):

1. Balanço do JPMorgan

O JPMorgan reportou um rendimento líquido de juros que ficou ligeiramente aquém das estimativas dos analistas e elevou sua previsão de despesas para o ano. Os dados levaram as ações a caírem antes da abertura dos mercados em Nova York.

Nos primeiros três meses de 2024, a empresa teve um ganho de US$ 23,1 bilhões de receita líquida de juros (NII, na sigla em inglês) – que é a diferença entre o que os bancos ganham com seus ativos e o que eles pagam em suas dívidas. O número representa um aumento de 11% em relação ao ano anterior.

O banco ainda espera ganhar cerca de US$ 90 bilhões desta fonte de receita este ano, mas elevou seu guidance, excluindo o negócio de mercados, para cerca de US$ 89 bilhões. Enquanto isso, as despesas ajustadas podem chegar a cerca de US$ 91 bilhões no acumulado de 2024, mais do que o previsto anteriormente.

“Muitos indicadores econômicos continuam favoráveis. No entanto, olhando para frente, permanecemos alertas para várias forças incertas significativas”, disse o CEO Jamie Dimon no comunicado. Ele citou as guerras, o crescimento das tensões geopolíticas, as persistentes pressões inflacionárias e os efeitos do aperto quantitativo.

2. Bolha no mercado?

Uma rara alta tanto nas ações de tecnologia quanto nas commodities, combinada com um aumento nos rendimentos dos títulos de renda fixa, ecoa períodos de formação de bolha, de acordo com estrategistas do Bank of America.

Os movimentos incomuns de preços são consistentes com apostas de que as taxas de juros permanecerão mais altas por mais tempo enquanto o crescimento econômico permanecer forte – um cenário chamado de “sem pouso”.

Mas enquanto essa narrativa está “corretamente em voga”, também há um risco de inflação mais alta e um aumento do custo de capital, escreveram os estrategistas liderados por Michael Hartnett.

Os mercados de ações têm permanecido resilientes nas últimas semanas, apesar de uma postura mais rígida dos funcionários do Federal Reserve. Os mercados de títulos agora estão precificando entre um e dois cortes de taxa até o final do ano, em comparação com seis apenas três meses atrás. No entanto, tanto o S&P 500 quanto o Nasdaq 100 ainda estão sendo negociados perto de máximas históricas.

3. Mercados

As ações europeias registram o maior avanço em mais de dois meses nesta sexta, à medida que as tensões no Oriente Médio impulsionam os preços das commodities e a perspectiva de cortes nas taxas de juros na zona do euro impulsiona setores sensíveis aos custos de empréstimos.

O índice Stoxx 600 subia 0,8% às 8h35 (horário de Brasília), com ações de mineração, energia e utilities liderando os ganhos. O petróleo tipo Brent subiu acima de US$ 90 o barril, enquanto os traders observavam como o Irã poderia responder a um ataque mortal em seu complexo diplomático na Síria na semana passada.

Destaque ainda para o petróleo tipo Brent, que subiu acima de US$ 90 o barril, bem como para o ouro, que atingiu um recorde além de US$ 2.400 a onça.