Cinco coisas que você precisa saber para começar esta sexta-feira, 1º de novembro

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Bloomberg Línea — Novembro começa com agenda cheia para os investidores. Nesta sexta-feira (1º), os olhares se voltam novamente para os Estados Unidos, com a divulgação do relatório de folha de pagamento (payroll) de outubro, dado importante que pode indicar os próximos passos do Federal Reserve (Fed) em sua reunião na semana que vem, com decisão na quarta-feira (5), um dia depois das eleições presidenciais.

No Brasil são divulgados nesta sexta os dados sobre a produção industrial nacional em setembro.

Confira a seguir cinco destaques desta sexta-feira (1º):

1. Payroll

Analistas preveem que o relatório mensal sobre o emprego nos EUA mostrará uma taxa de desemprego estável em outubro, apesar de tempestades e greves terem prejudicado temporariamente as contratações.

Houve aumento de 105.000 vagas em outubro, após o crescimento de 254.000 em setembro, de acordo com a estimativa mediana em uma pesquisa da Bloomberg com economistas. A faixa de expectativas é ampla — varia de uma queda de 10.000 a um aumento de 180.000.

Espera-se que a taxa de desemprego tenha permanecido inalterado em 4,1%.

Os números devem complicar a análise para os membros do Federal Reserve que tentam entender as perspectivas para o mercado de trabalho em sua reunião de política monetária em 6 e 7 de novembro.

Ainda assim, é amplamente esperado que o banco central autorize um corte de um quarto de ponto na taxa de juros na reunião, após uma redução inicial de meio ponto em setembro.

“Os dirigentes do Fed estarão mais inclinados a ‘ignorar’ os impactos negativos relacionados aos furacões, reagindo apenas se o crescimento das folhas de pagamento for forte”, disse Skanda Amarnath, CEO da Employ America, em uma nota de 30 de outubro que projeta os números.

2. Emergentes e as eleições nos EUA

Os ativos de mercados emergentes encerraram em outubro um mês turbulento, com a volatilidade em alta devido ao aumento dos rendimentos globais, ao fortalecimento do dólar e aos investidores que ajustam rapidamente os preços dos ativos de risco antes das eleições dos EUA.

O índice MSCI para emergentes caiu pelo terceiro dia seguido ontem, fechando outubro com perdas mensais de mais de 4%, a maior queda desde janeiro.

Todas as principais moedas de mercados emergentes recuaram frente ao dólar neste mês, o que impulsionou uma queda de 1,6% no índice MSCI para moedas de mercados em desenvolvimento.

“Tivemos uma confluência de eventos em outubro”, disse Rajeev De Mello, diretor de investimentos da Gama Asset Management. “Para os mercados emergentes, a combinação de rendimentos mais altos nos EUA, um dólar mais forte e os riscos de uma nova guerra comercial ofuscaram a melhoria no quadro de crescimento.”

Com os traders cautelosos antes da eleição presidencial dos EUA na próxima semana, McKenna afirmou que uma vitória da vice-presidente Kamala Harris “seria uma fonte de força para o peso”. A maioria das pesquisas mostra uma disputa acirrada entre Harris e Donald Trump.

3. Mercados

Ações na Europa e futuros nos EUA subiam pela manhã antes da divulgação dos principais dados de empregos dos EUA nesta sexta-feira (1), no fim de uma semana volátil em que resultados mistos das big techs deixaram o mercado na defensiva. O petróleo ganhou valor em meio à tensão renovada no Oriente Médio.

As ações da Amazon e da Intel saltaram nas negociações antes do mercado à vista como reação de investidores a resultados considerados positivos, enquanto as da Apple caíram após relatar uma demanda mais fraca na China, um de seus principais mercados.

Os futuros do S&P 500 subiram mais cedo, com o índice de referência a caminho de seu pior desempenho semanal em mais de um ano em meio ao desconforto com as perspectivas em Inteligência Artificial e computação em nuvem com os resultados da Microsoft e da Meta Platforms.