Os investidores estão em busca de ativos considerados mais seguros nesta segunda-feira (7) diante do agravamento dos impactos das tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump.
“Estamos nos aproximando de um momento em que, para fundos de ações com posições compradas, não há para onde correr”, disse Karen Georges, gestora de fundos de ações da Ecofi.
O mercado agora precifica um total de 125 pontos-base em cortes até o fim do ano — o equivalente a cinco reduções de 0,25 ponto percentual pelo Fed — segundo contratos de swaps de taxa de juros overnight. Até a semana passada, apenas três cortes estavam totalmente precificados.
Trump e sua equipe econômica ignoraram os temores do mercado sobre inflação e recessão. Em entrevista a bordo do Air Force One no domingo, o presidente americano defendeu repetidamente a onda de tarifas anunciada na semana anterior.
“Esqueçam os mercados por um instante. Temos todas as vantagens,” disse Trump.
Confira a seguir cinco destaques desta segunda-feira (7 de abril):
1. Expansão no setor aéreo (e além)
Com o avanço da oferta de programas de fidelidade no mercado brasileiro, que se estendem de cartões de bancos a empresas do varejo, a Smiles, controlada pela Gol, aposta na flexibilidade para uso dos benefícios e na agilidade de suas operações para manter a liderança do setor.
Para 2025, as principais apostas para continuar a crescer são as verticais de hotéis e de benefícios corporativos, segundo contou a CEO da Smiles, Carla Fonseca, em entrevista à Bloomberg Línea.
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Em 2024, a Smiles completou 30 anos com marcas que expressam a sua dimensão: chegou a 24 milhões de clientes e alcançou um faturamento de R$ 5,3 bilhões. Nas duas métricas, o crescimento foi de 6,5% na comparação anual. O resgate de milhas cresceu 16,9%, para 10,1 milhões.
“Foi um ano muito especial, com resultados sólidos apesar dos desafios remanescentes da pandemia e do Chapter 11 da Gol”, disse a executiva em referência ao processo equivalente à recuperação judicial da companhia aérea desde o início de 2024, o que em tese impactaria a demanda.
2. Dimon, do JPMorgan, pede que política tarifária seja resolvida
O CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, pediu uma solução rápida para as incertezas provocadas pelas tarifas do presidente Donald Trump e alertou contra uma fragmentação potencialmente “desastrosa” das alianças econômicas de longo prazo dos Estados Unidos.
“Quanto mais rápido essa questão for resolvida, melhor, porque alguns dos efeitos negativos aumentam cumulativamente ao longo do tempo e seriam difíceis de reverter”, escreveu Dimon em sua carta anual aos acionistas.
No curto prazo, “é provável que vejamos resultados inflacionários, não apenas nos produtos importados, mas também nos preços domésticos, à medida que os custos dos insumos aumentam e a demanda aumenta nos produtos domésticos”.
Ele citou uma série de questões persistentes sobre a nova política, incluindo possíveis ações retaliatórias de outros países, o impacto sobre os investimentos e os fluxos de capital e o possível efeito sobre o dólar americano.
3. Mercados
As ações europeias despencaram mais de 5% no início desta manhã e os futuros dos índices de ações dos EUA indicam mais uma forte queda em Wall Street, após a perda de US$ 5 trilhões na semana passada.
Segundo estrategistas do Morgan Stanley liderados por Michael Wilson, os investidores devem estar preparados para uma queda adicional de 7% a 8% no S&P 500 caso o temor com as tarifas persista e o Fed mantenha sua política atual.
4. Manchetes dos sites dos principais jornais
Estado de S. Paulo: Efeito Trump: Bolsas da Europa e da Ásia e bancos dos EUA entram no ‘modo pânico’ com temor de recessão
Folha de São Paulo: Mercados voltam a despencar após autoridades americanas endossarem tarifas de Trump
Valor Econômico: Bolsas globais têm mais uma sessão de fortes perdas com intensificação da guerra comercial
O Globo: Bolsas europeias e asiáticas desabam por temor de recessão em larga escala com guerra comercial
5. Agenda
Brasil
- 08:25: Pesquisa Focus
- 15:00: Balança Comercial Semanal (USD milhões)
Alemanha
- 03:00: Produção Industrial (YoY% a.s.)
- 03:00: Balança Comercial
EUA
- 05:30: Confiança do Investidor
- 06:00: Vendas no Varejo (YoY %)
-- Com informações da Bloomberg News.
