Cinco coisas que você precisa saber para começar esta segunda-feira, 18 de dezembro

Últimas cotações

Bloomberg Línea — Os investidores reagem nesta segunda-feira (18) ao relatorio Focus, do Banco Central, que mostrou uma nova queda nas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e para o câmbio este ano.

Por aqui, destaque ainda para o Congresso, que finalizou a aprovação da reforma tributária, uma revisão drástica do código tributário do país.

No Reino Unido, dados fracos sobre o varejo indicam um maior risco de recessão no país. Embora as estimativas iniciais do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido nos três meses até setembro tenham mostrado crescimento zero, as vendas no varejo se mostraram mais fracas do que inicialmente estimado.

Isso pode ser o suficiente para reduzir alguns décimos de ponto percentual do crescimento quando os dados revisados forem divulgados na sexta-feira (22).

A atenção agora se volta para o Japão, onde o banco central do país inicia hoje uma reunião de política monetária de dois dias. Embora a especulação tenha crescido de que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) logo encerrará o último regime de taxas negativas do mundo, os economistas veem abril como o momento mais provável para essa mudança.

Confira a seguir cinco destaques desta segunda-feira (18):

1. Relatório Focus

O relatório Focus, do BC, mostrou uma revisão para baixo nas expectativas para a inflação em 2023. Para este ano, os economistas esperam agora alta de 4,49% do IPCA, ante 4,51% anteriormente. Já para o próximo ano, as estimativas se mantiveram em alta de 3,93%.

Para o câmbio, os economistas consultados pelo BC veem agora uma maior apreciação do real. As projeções são de dólar a R$ 4,93 em dezembro, ante R$ 4,95 anteriormente.

Para 2024, as projeções são de IPCA de 3,93%, crescimento de 1,51% do PIB, bem como de dólar a R$ 5,00 e Selic de 9,25% em dezembro.

2. Reforma tributária

A Câmara aprovou a emenda da reforma tributária em dois turnos na sexta-feira (15). O plano pretende simplificar um dos sistemas mais complexos do mundo, reduzindo o número de impostos, simplificando as taxas e eliminando distorções.

O texto consolidará as taxas de consumo existentes em dois impostos sobre valor agregado, um administrado pelo governo federal e outro para gerar receitas para estados e municípios. As alíquotas ainda precisam ser especificadas em leis subsequentes e o novo sistema não entrará plenamente em vigor até 2033.

3. Mercados

As autoridades do Federal Reserve e do Banco Central Europeu frearam as expectativas de cortes agressivos nas taxas de juros no próximo ano, resultando em uma pausa no avanço das ações europeias.

O índice Stoxx Europe 600 cedia cerca de 0,1% por volta das 8h30 (horário de Brasília), enquanto os futuros do S&P 500 reduziram os ganhos para 0,3%.

O dólar operava estável, ao passo que os rendimentos dos títulos do Tesouro de dois anos caíram três pontos-base, revertendo o salto de sexta-feira, quando o presidente do Fed de Nova York, John Williams, afirmou ser cedo demais para começar a pensar em reduzir as taxas de juros nos EUA.

As ações nos EUA tiveram o maior ganho semanal em um mês, após os traders interpretarem as falas de membros do Fed na semana passada como um sinal verde para intensificar as apostas em cortes nas taxas no próximo ano.

Agora, diversos banqueiros centrais argumentam que as expectativas do mercado estão exageradas, com o membro do Conselho do Banco Central Europeu, Bostjan Vasle, juntando-se ao coro nesta segunda-feira.