Cinco coisas que você precisa saber para começar esta segunda-feira, 11 de novembro

Boletim Focus e resultado da Itaúsa são alguns dos destaques em segunda-feira ‘esvaziada’ de índices econômicos; semana terá o CPI de outubro na quarta-feira (13)

Tráfico afuera de la sede del Banco Central de Brasil en Brasilia, Brasil, el lunes 17 de junio de 2024.
11 de Novembro, 2024 | 08:41 AM

Bloomberg Línea — Investidores começam a semana nesta segunda-feira (11) atentos a uma agenda de divulgações relevantes, como a inflação ao consumidor nos Estados Unidos em outubro - o CPI, que sai na quarta (13).

No mercado doméstico, destaque para os novos números do relatório Focus, do Banco Central (BC), que mostrou alta na expectativa de inflação, e para o resultado trimestral da Itaúsa (ITSA4).

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Confira a seguir cinco destaques desta segunda-feira (11):

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1. Boletim Focus

As projeções para a economia brasileira em 2024 e 2025 foram novamente ajustadas pelo mercado depois da semana que contou com a eleição de Donald Trump nos EUA, com a reunião do Copom e com a divulgação do IPCA de outubro.

A expectativa para a inflação medida pelo IPCA neste ano subiu de 4,39% para 4,62%, enquanto para 2025 a previsão também foi revista, passando de 4,03% para 4,10%. Esse ajuste sinaliza que o mercado vê uma pressão inflacionária ligeiramente maior nos próximos meses.

Quanto ao crescimento econômico, a previsão de expansão do PIB para 2024 permaneceu estável em 3,10%. Para 2025, no entanto, houve um leve ajuste para cima, de 1,93% para 1,94%.

As projeções para a taxa de câmbio também foram alteradas. A expectativa para o fim de 2024 foi revisada de R$ 5,40 para R$ 5,55 por dólar, enquanto para o final de 2025 a previsão subiu de R$ 5,43 para R$ 5,48, o que reflete uma perspectiva de valorização gradual do real.

2. EUA de olho em balanços

Os lucros corporativos estão prestes a se tornar um dos maiores fatores de impulso para ações dos EUA, já que o foco dos investidores retorna ao crescimento econômico após a vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA.

Com a temporada de resultados do terceiro trimestre em sua fase final, as empresas do S&P 500 registraram até aqui, de forma conjunta, um aumento de 8,4% nos lucros — o dobro do crescimento esperado, segundo dados compilados pela Bloomberg Intelligence.

Wall Street está ainda mais otimista para o próximo ano, com analistas prevendo um salto de 13% nos lucros, o que seria o maior aumento desde 2021, de acordo com a Bloomberg Intelligence.

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Para os estrategistas do Goldman Sachs, isso é um bom sinal para as ações em um momento em que o Federal Reserve adotou uma visão “equilibrada” sobre os riscos de crescimento e inflação.

A estratégia “America-first” - compra de ativos que se valorizam quando os EUA superam o desempenho do restante do mundo - levou o S&P 500 a novos recordes na semana passada, com apostas de que Trump implementará políticas que impulsionarão o crescimento e protegerão a maior economia do mundo da concorrência externa.

O Fed também cortou as taxas de juros mais uma vez, para o intervalo entre 4,50% e 4,75%, com os diretores observando que a inflação fez “progressos” em direção à meta do banco central.

Ainda assim, a promessa de Trump de impor uma tarifa de 10% a 20% sobre todos os produtos vindos do exterior também é uma preocupação importante para os investidores, dado o risco de retaliação e a possível redução no consumo, enquanto a postura protecionista de Trump pode reacender a inflação.

3. Mercados

As ações europeias e os futuros dos EUA subiram mais cedo nesta segunda, com a vitória de Donald Trump na corrida presidencial dos EUA continuando a impulsionar o apetite a risco.

O índice Stoxx 600 avançou 0,90% mais cedo, com todos os grupos industriais no índice em alta. Os futuros americanos indicaram ganhos de 0,30% na abertura para o S&P 500, que atingiu seu 50º recorde do ano na sexta-feira (8).

O bitcoin subiu para o patamar acima de US$ 81.000 pela primeira vez, com a perspectiva de um Congresso liderado pelos republicanos com legisladores pró-cripto. Os mercados de títulos dos EUA estão fechados devido ao feriado do Dia dos Veteranos.

Os mercados ignoraram uma sessão fraca na Ásia, após o programa de troca de dívida da China decepcionar investidores que esperavam mais estímulos fiscais.

4. Manchetes dos sites dos principais jornais

Estado de S. Paulo: Congresso brasileiro tem o maior controle sobre Orçamento em comparação a países ricos, diz estudo

Folha de São Paulo: Decisões de Toffoli derrubaram ações na Lava Jato com pedidos de R$ 17 bi pelo Ministério Público

Valor Econômico: Lula diz que ‘vai vencer’ mercado financeiro e defende corte de ‘excessos’ no Judiciário e Congresso

O Globo: Com mudança na Casa Branca, Brasil teme que Trump esvazie legado do país no comando do G20

5. Agenda

  • Dia dos Veteranos nos EUA, mercados de títulos fechados.

-- Com informações da Bloomberg News.