Bloomberg Línea — Os investidores continuam a monitorar nesta quinta-feira (8) o desempenho da economia dos Estados Unidos após um selloff no começo da semana.
Os dados de pedidos de auxílio-desemprego dos EUA, que serão divulgados pela manhã, estão em foco mais do que nunca após os números fracos do payroll na semana passada.
No Brasil, destaque para o balanço da Petrobras (PETR3; PETR4), que sai depois do fechamento dos mercados.
Confira a seguir cinco destaques desta quinta-feira (8):
1. Risco de recessão nos EUA
O JPMorgan agora estima uma chance de 35% de que a economia dos EUA entre em recessão até o final deste ano, um aumento em relação aos 25% no início do mês passado.
As notícias nos EUA “sugerem um enfraquecimento mais acentuado do que o esperado na demanda por mão de obra e os primeiros sinais de cortes de emprego”, disseram economistas do JPMorgan liderados por Bruce Kasman em relatório aos clientes.
A equipe manteve as chances de uma recessão no segundo semestre de 2025 em 45%.
“Este modesto aumento na nossa avaliação do risco de recessão contrasta com uma reavaliação mais substancial que estamos fazendo da perspectiva para juros”, escreveram Kasman e seus colegas. O JPMorgan agora vê apenas 30% de chance de que o Federal Reserve e seus pares mantenham juros altos por muito tempo, em comparação com 50% há apenas dois meses.
2. Juros no Japão
A ata da reunião do Banco do Japão (BoJ) de 31 de julho mostrou que os dirigentes esperavam que a política monetária continuasse acomodatícia, mesmo após o aumento das taxas de juros, sugerindo que eles não pensavam que a medida seria grande o suficiente para perturbar os mercados globais.
Naquela reunião, o banco central elevou sua taxa de juros para 0,25% e anunciou planos para reduzir pela metade o ritmo de compra de títulos mensais até o primeiro trimestre de 2026.
O governador Kazuo Ueda afirmou após a reunião que o BoJ aumentará ainda mais a taxa se as tendências de crescimento e inflação se desenvolverem conforme suas previsões, o que alguns analistas consideraram uma postura mais rígida.
As ações japonesas sofreram a pior queda desde 1987 e o iene disparou após a reunião de julho, devido às expectativas de novos aumentos das taxas pelo BoJ e potenciais cortes de juros pelo Federal Reserve.
3. Mercados
As ações europeias caem nesta quinta-feira (8), enquanto os futuros dos EUA oscilam, prolongando a volatilidade que tem dominado os mercados globais há dias.
O índice Stoxx 600, da Europa, reverteu grande parte do avanço de quarta-feira (7), puxado para baixo por ações de tecnologia e mineração.
Já nos Estados Unidos, os contratos futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 operavam entre perdas e ganhos após quedas em Wall Street durante a noite. Na Ásia, o índice Ásia-Pacífico da MSCI recuou, com o benchmark Topix do Japão voltando ao vermelho após uma recuperação anterior.
Os mercados têm estado turbulentos desde que dados econômicos mornos na semana passada alimentaram preocupações de que a política monetária do Federal Reserve esteja arriscando uma desaceleração mais profunda.
4. Manchetes dos principais jornais
Estado de S. Paulo: Agenda São Paulo: como a cidade pode dar um salto de qualidade e ter educação de país desenvolvido?
Folha de S. Paulo: Mulheres comandam pela 1ª vez o Brasil no número de medalhas, bem à frente dos homens
Valor Econômico: Empresas em crise viram alvo de aquisição por ‘valor simbólico’ e assunção de dívida
O Globo: Maduro reprime com violência setores mais pobres para sufocar críticas à eleição
5. Agenda
Estados Unidos:
- 9h30: Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego;
- 13h: GDPNow do Fed de Atlanta;
- 14h01: Leilão Americano Bond a 30 anos;
- 17h30: Balanço Patrimonial do Fed;
China:
- 22h30: CPI;
- 22h30: PPI;
-- Com informações da Bloomberg News.
