Bloomberg Línea — Os investidores devem reagir nesta quarta-feira (30) à aprovação do projeto de lei sobre a tributação de fundos exclusivos e offshore. Agora, o texto será encaminhado para a sanção presidencial.
Nos Estados Unidos, será divulgado hoje o índice de inflação ao consumidor de outubro (PCE, na sigla em inglês), às 10h30, no horário de Brasília. O índice é o favorito do Federal Reserve (Fed) e pode dar sinais dos próximos passos em relação às taxas de juros.
Na zona do euro, a inflação desacelerou mais do que o esperado, colocando a meta de 2% à vista, à medida que os investidores intensificam as apostas de que o Banco Central Europeu (BCE) cortará as taxas de juros mais cedo do que os funcionários sugerem.
Confira a seguir cinco destaques desta quinta-feira (30):
1. Tributação de fundos exclusivos e offshore
O projeto de lei sobre a tributação de fundos exclusivos e offshore foi aprovado no Senado na quarta-feira (29). O texto estabelece uma alíquota de Imposto de Renda de 15% para fundos de longo prazo e de 20% para fundos de curto prazo (de até um ano) sobre os rendimentos, arrecadado uma vez a cada semestre por meio do sistema de “come-cotas”. A regra vale a partir do ano que vem.
O texto agora segue para a sanção presidencial.
2. PCE e juros nos EUA
O recuo lento do indicador de inflação preferido do Federal Reserve deve levar a autoridade monetária americana a manter os juros elevados por mais tempo, segundo economistas consultados pela Bloomberg.
A expectativa é de que o PCE tenha desacelerado em outubro para a taxa anual mais lenta desde o início de 2021.
As projeções para o núcleo do PCE em 2024 tiveram ligeiro aumento. A métrica, que exclui alimentos e energia, é estimada em 2,5% no final de 2024, acima dos 2,4% na pesquisa do mês passado.
Embora dados recentes mostrem sinais encorajadores de que as pressões de preços diminuíram, as autoridades do Fed indicaram várias vezes que querem ver sinais sustentados de que a alta de preços ao consumidor esfriou antes de declararem vitória contra a inflação.
Os economistas esperam que o Fed comece a afrouxar a política monetária em meados de 2024, mas agora preveem que o banco central manterá os juros mais elevados até o final de 2025.
3. Mercados
O euro recua e as ações avançam à medida que a desaceleração da inflação europeia adiciona combustível às expectativas de cortes nas taxas de juros, o que impulsionou um rali global nos ativos neste mês. O índice Stoxx 600 subia 0,4% por volta das 8h45 (horário de Brasília), ampliando seu melhor mês desde janeiro.
Enquanto isso, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA interromperam seu rali de novembro, com os traders aguardando novos sinais sobre o momento de uma possível virada para cortes nas taxas no próximo ano.
4. Manchetes dos principais jornais
Estadão: Lira quer recriar orçamento secreto com emendas da Mesa Diretora da Câmara em 2024
Folha de S. Paulo: Morre aos 100 anos Henry Kissinger, diplomata que moldou o século 20
O Globo: Menos político, mais ‘jurista’: a estratégia de Dino para quebrar resistência na corrida ao STF
Valor Econômico: Títulos do Tesouro americano passam a influenciar mais o Ibovespa
5. Agenda
Brasil:
- 9h: Taxa de Desemprego no Brasil
Estados Unidos:
- 10h30: Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego
- 10h30: Índice de Preços PCE
- 11h05: Discurso de John Williams, membro do Fomc
- 11h45: PMI de Chicago
- 12h: Vendas Pendentes de Moradias
- 18h30: Fed’s Balance Sheet
Europa:
- 10h30: Discurso de Christine Lagarde, Presidente do BCE
- 10h45: Discurso de Andrea Enria, membro do BCE
- 11h15: Discurso de Elizabeth McCaul, membro do BCE
- 12h45: Discurso de Kerstin Jochnick, membro do Conselho Fiscal do BCE
China:
- 22h45: PMI Industrial Caixin
-- Com informações da Bloomberg News
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