Cinco coisas que você precisa saber para começar esta quinta-feira, 17 de outubro

Investidores acompanham decisão sobre juro na zona do euro e reagem a novas medidas de estímulo na China; no Brasil, reação à venda de fatia na CSN Mineração está no radar

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Bloomberg Línea — Investidores globais acompanham nesta quinta-feira (17) a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), com decisão programada para às 9h15 de Brasília, seguida de declarações da presidente Christine Lagarde.

A expectativa consensual aponta para um corte de 25 pontos base, para 3,75%, na taxa de juros na zona do euro, diante de dados que apontam para a desaceleração da inflação e da atividade econômica.

O primeiro corte no ciclo atual de relaxamento monetário, da mesma magnitude, aconteceu em junho.

No Brasil, investidores devem reagir ao anúncio na tarde de quarta (16) de que o conselho de administração da CSN aprovou uma proposta não-vinculante para vender 11% de participação minoritária na CSN Mineração para a Itochu Corporation por valores não divulgados.

Confira a seguir cinco destaques desta quarta-feira (16):

1. Medidas na China

A promessa da China de quase dobrar a cota de empréstimos para projetos residenciais inacabados para 4 trilhões de yuans (US$ 562 bilhões) ficou aquém das expectativas do mercado, o que levou as ações do setor imobiliário a recuarem, dado que investidores buscavam medidas mais agressivas.

O governo estabeleceu a nova meta de fim de ano para empréstimos aos chamados projetos imobiliários da “lista branca” depois de desembolsar 2,23 trilhões de yuans até 16 de outubro. A medida, que visa a garantir a conclusão das casas, fez parte de uma cesta de iniciativas anunciadas durante uma reunião nesta quinta.

Os planos não impressionaram, e alguns analistas os chamaram de “incrementais”. Um indicador da Bloomberg de ações imobiliárias em Hong Kong caiu mais de 8%, eliminando ganhos anteriores.

Leia também: A Era da Eletricidade: por que o mundo caminha para futuro com preços menores

2. Sem horário de verão

O governo confirmou ontem que não haverá mais uma vez o Horário de Verão, medida que foi adotada no país no passado, até 2018, e segue em outras economias para reduzir o consumo de energia diante do maior período de luz natural até o início da noite.

“Nós, hoje, na última reunião com o ONS, chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão. As medidas de planejamento adotadas pelo MME garantiram a segurança energética, diminuindo o impacto do horário para este ano”, afirmou o ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia.

Silveira disse que, desde 2023, o Brasil não corre risco de desabastecimento de energia e que a discussão se deu em torno do planejamento para 2024 e os próximos anos, visando a garantia do suprimento energético com a modicidade tarifária, ou seja, menores tarifas para o consumidor.

Segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, o Brasil vive a pior seca dos últimos 74 anos - considerando toda a série histórica. Por essa razão, segundo Silveira, foi necessária a realização de ações planejadas e emergentes para garantir a segurança energética no país - essas ações garantiram que hoje o país esteja com 49% de água em seus reservatórios.

3. Mercados

Uma recuperação nas ações de empresas de chips impulsionou mais cedo os ganhos em bolsas no exterior nesta manhã de quinta-feira (17), na esteira de resultados da TSMC.

Os contratos do Nasdaq 100 subiram perto de 0,70%, liderados por um avanço nas ações de chips após a TSMC divulgar um aumento de 54% no lucro trimestral, acima das expectativas e compensando a decepção com os resultados da ASML na sessão anterior. O índice Stoxx 600 avançou 0,50%.

“Os lucros da TSMC foram claramente um ponto positivo e aliviaram algumas preocupações em torno do setor de chips após aquele relatório decepcionante da ASML”, disse Michael Brown, estrategista do Pepperstone Group Ltd.

4. Manchetes dos sites dos principais jornais

Estado de S. Paulo: Servidores públicos querem ‘blindar’ fundo de pensão contra ingerência política e riscos de mercado

Folha de S. Paulo: Maioria dos pais é a favor de proibir celular nas escolas, diz Datafolha

Valor Econômico: Dividendos contrariam expectativas e crescem quase 30% no ano

O Globo: Apagão em São Paulo impulsiona governo Lula a tentar ampliar influência sobre as agências reguladoras

5. Agenda

  • Brasil: IGP-10 de outubro.
  • EUA: Pedidos de auxílio-desemprego na semana anterior, vendas do varejo e produção industrial em setembro.
  • Zona do Euro: Reunião de política monetária do BCE e discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE.

-- Com informações da Bloomberg News.