Os investidores reagem nesta quarta-feira (9) ao início da vigência das tarifas recíprocas e a nova pressão de Donald Trump sobre a China.
Ainda nesta quarta-feira, a China decidiu revidar as tarifas de Trump e impôs tarifas que chegam a 84% aos produtos americanos.
Confira a seguir cinco destaques desta quarta-feira (9 de abril):
1. O ‘colchão de liquidez’ da JBS
A estratégia de diversificação de negócios alinhada com uma melhora do perfil de dívida de médio e longo prazo garante uma espécie de proteção e de “colchão de liquidez” que permite à JBS enfrentar desafios como os atuais, disse o CFO da companhia, Guilherme Cavalcanti.
Em entrevista à Bloomberg Línea, o executivo explicou a estratégia financeira da gigante de alimentos que tem permitido que a empresa faça investimentos que vão gerar crescimento, em decisões tomadas a despeito de adversidades em certos mercados e de incertezas macroeconômicas.
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A JBS conta com cerca de US$ 10 bilhões em liquidez, segundo o CFO, incluindo recursos em caixa, linhas rotativas e de commercial paper nos EUA.
“Estamos crescendo e vamos continuar. Temos investido cerca de US$ 1 bilhão por ano em capex de crescimento e pago cerca de US$ 1 bilhão por ano em dividendos. A empresa vai continuar a crescer e a investir no crescimento, com aquisições como a da Mantiqueira”, disse o CFO.
2. China revida Trump com novas tarifas
A China decidiu retaliar contra as novas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump. O país anunciou nesta quarta-feira (9) que aumentará as taxas sobre produtos dos EUA para 84%, em um sinal de aprofundamento da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
As mais recentes contramedidas chinesas entram em vigor no dia 10 de abril, segundo um comunicado do governo divulgado nesta quarta-feira. A medida da China veio poucas horas após as amplas sanções de Trump entrarem em vigor, elevando a taxa cumulativa anunciada neste ano para 104%.
A China também informou que processará os EUA na Organização Mundial do Comércio (OMC), adicionou seis empresas à sua lista de entidades não confiáveis e incluiu 12 empresas americanas na sua lista de controle de exportações.
3. Mercados
O agravamento do conflito comercial — com Trump elevando as tarifas sobre a China para 104% — foi criticado por investidores como Bill Ackman e levou economistas do JPMorgan Chase e do Goldman Sachs a aumentar a probabilidade de uma recessão nos EUA.
“Estamos claramente em uma fase de escalada da guerra comercial e os investidores simplesmente não têm nada a que se agarrar neste momento”, disse Alexandre Baradez, principal analista de mercado da IG Markets.
“Está claro agora que o mercado de títulos dos EUA não é mais um porto seguro para os investidores, mas sim está pressionando os mercados de ações.”
4. Manchetes dos sites dos principais jornais
Estado de S. Paulo: China retalia EUA, escala guerra comercial, e tarifa sobre produtos americanos chega a 84%
Folha de São Paulo: China anuncia tarifas de mais 84% sobre produtos dos EUA em resposta a Trump
Valor Econômico: China vai impor tarifa de 84% sobre produtos dos EUA em resposta a Trump
O Globo: Tarifaço de Trump vai implodir as cadeias produtivas globais e gerar inflação com estagnação
5. Agenda
Brasil
- 09:00: PMC: Vendas no Varejo (YoY %)
- 14:30: Fluxo Cambial Semanal
EUA
- 11:00: Vendas no Atacado (MoM % a.s.)
- 11:30: Estoques de petróleo bruto
- 15:00: Ata do FOMC
-- Com informações da Bloomberg News.