Bloomberg Línea — A agenda é movimentada nesta quarta-feira (31), em dia de “Super-Quarta”, com decisão de juros nos Estados Unidos e no Brasil.
Mais cedo, o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) subiu sua taxa de juros e anunciou planos para reduzir pela metade as compras de títulos, destacando sua determinação em normalizar a política monetária.
No cenário corporativo, a Meta (META) divulga seus números trimestrais hoje após o fechamento do pregão.
Confira a seguir cinco destaques desta quarta-feira (31):
1. Rumo da Selic
O Banco Central deve manter a taxa Selic em 10,50% pela segunda reunião seguida nesta quarta e reforçar a mensagem de cautela diante do impacto da alta do dólar e das incertezas fiscais sobre as expectativas inflacionárias.
É unânime a expectativa dos 29 economistas pesquisados pela Bloomberg de que o Copom anunciará hoje a manutenção dos juros. Analistas consideram, inclusive, a possibilidade de alteração do balanço de riscos, que poderia ser entendida como sinal de elevação futura da taxa básica.
No encontro anterior, o BC não fez em seu comunicado qualquer sinalização sobre movimentos à frente, mas o mercado já precifica a retomada do aperto monetário em setembro, com uma alta acumulada projetada de 1 ponto percentual até o fim do ano.
Economistas consideram que o comunicado da reunião deve trazer um tom mais duro e refletir preocupações com o cenário fiscal, mesmo depois do anúncio da contenção de gastos pelo governo.
2. Juros dos EUA
Assim como no Brasil, os membros do Federal Reserve também deverão manter os juros, neste caso, no intervalo de 5,25% a 5,5%. A expectativa, contudo, é de que o BC americano sinalize um possível corte de juros em setembro.
A decisão será divulgada às 15h (horário de Brasília) e será seguida de uma coletiva de imprensa 30 minutos depois com o presidente do Fed, Jerome Powell.
Os formuladores de políticas monetárias provavelmente reconhecerão que a inflação fez progressos em direção à sua meta de 2% — um pré-requisito para cortes de juros — após leituras moderadas dos preços ao consumidor no mês de junho.
Com o desemprego também subindo ligeiramente, os oficiais provavelmente indicarão que é apropriado que a política se torne menos rígida em breve.
3. Mercados
As ações globais avançam nesta quarta-feira (31), dia de decisões de política monetária pelo mundo, impulsionadas por uma série de notícias otimistas que contribuem para uma recuperação no setor de tecnologia.
Os papéis da ASML Holding subiram até 11% depois que a Reuters informou que os Estados Unidos excluirão alguns países das restrições de exportação.
A Advanced Micro Devices, por sua vez, subia antes da abertura dos mercados em Nova York diante de um guidance otimista de receita. Já a Nvidia (NVDA) subia mais de 5% nesta manhã, depois que o Morgan Stanley (MS) afirmou que a recente queda abriu uma boa oportunidade de compra.
As ações de tech sofreram nos últimos dias, pressionadas por resultados que não atenderam às expectativas elevadas e diante de preocupações de que o frenesi em torno da inteligência artificial havia se tornado excessivo.
4. Manchetes dos principais jornais
Estado de S. Paulo: Modelo matemático independente confirma vitória da oposição na Venezuela; entenda
Folha de S. Paulo: Líder do Hamas é morto em Teerã; Irã promete punir Israel
Valor Econômico: Centro Carter diz que eleição na Venezuela ‘não teve integridade e não foi democrática’
O Globo: ‘Dever de buscar vingança’, diz líder supremo do Irã sobre assassinato de chefe político do Hamas
5. Agenda
Brasil:
- 8h30: Receita Tributária Federal;
- 9h: Taxa de Desemprego no Brasil;
- 14h30: Fluxo Cambial Estrangeiro;
- 18h: Decisão do Copom;
Estados Unidos:
- 9h15: Variação de Empregos Privados ADP;
- 9h30: Índice do Custo do Emprego (Trimestral);
- 10h45: PMI de Chicago;
- 11h: Vendas Pendentes de Moradias;
- 11h30: Estoques de Petróleo Bruto e em Cushing;
- 15h: Decisão de política monetária do Fomc;
- 15h30: Coletiva de Imprensa Fomc;
China:
- 22h45: PMI Industrial Caixin.
-- Com informações da Bloomberg News.