Cinco coisas que você precisa saber para começar esta quarta-feira, 26 de junho

Investidores ficam de olho hoje na divulgação do IPCA-15 de junho, enquanto monitoram falas de membros do Fed sobre juros

Bar na Avenida Paulista, em São Paulo: IPCA-15 deve ter registrado alta de 0,44% em junho na base mensal
26 de Junho, 2024 | 08:20 AM

Bloomberg Línea — A divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como a prévia da inflação oficial, deve movimentar o mercado brasileiro nesta quarta-feira (26).

Os investidores também estarão atentos às falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após críticas ao patamar da Selic e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Nos Estados Unidos, membros do Federal Reserve (Fed) preveem apenas uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa de juros do país até o final deste ano.

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Na zona do euro, o Banco Central Europeu (BCE) iniciará a próxima revisão de sua estratégia de política monetária em breve, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto — um processo que pode moldar futuros movimentos sobre as taxas de juros e sua resposta a crises.

Confira a seguir cinco destaques desta quarta-feira (26):

1. IPCA-15

A prévia da inflação, medida pelo IPCA-15, deve ter registrado alta de 0,44% em junho na comparação mensal, segundo economistas consultados pela Bloomberg, após um avanço de 0,44% em maio.

Na comparação anual, a estimativa é de alta de 4,11%, em comparação com 3,70% na leitura anterior.

2. O que esperar do Fed

Os indicadores de inflação preferidos do Federal Reserve estão prestes a mostrar os menores avanços mensais desde o final do ano passado — um marco para os funcionários começarem a reduzir as taxas de juros, possivelmente já em setembro.

Economistas esperam nenhuma mudança no índice de preços de despesas de consumo pessoal de maio e uma alta mínima de 0,1% no núcleo do PCE, que exclui alimentos e energia, com base nas projeções medianas de uma pesquisa da Bloomberg.

Os dados, que serão divulgados na sexta-feira (28), também devem mostrar avanços anuais de 2,6% tanto nos índices gerais quanto nos principais.

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Desde a última reunião de política monetária, os funcionários do Fed disseram que, embora estejam encorajados pela desaceleração em outros dados de inflação — incluindo o CPI —, precisam ver meses de progresso antes de reduzir as taxas.

Ao mesmo tempo, o mercado de trabalho ainda está resiliente, embora em ritmo mais lento. Um mercado de trabalho saudável está proporcionando aos formuladores de políticas monetárias alguma flexibilidade no momento dos cortes das taxas de juros.

3. Mercados

Os futuros de ações dos EUA sinalizam uma abertura em alta em Wall Street, sugerindo que os ganhos impulsionados pelo setor de tecnologia – alimentado pela recuperação da Nvidia de uma queda de US$ 430 bilhões — ainda têm momentum.

Nesta quarta antes da abertura dos mercados em Nova York, as ações da Nvidia subiram mais de 2%, somando-se ao ganho de 7% de terça-feira.

As ações da fabricante de chips dispararam este ano em meio à demanda incessante por seus chips, que dominam o mercado de computação de inteligência artificial (IA).

4. Manchetes dos principais jornais

Estado de S. Paulo: Preço de arroz e feijão sobe mais que cerveja e cigarro, produtos na mira do ‘imposto do pecado’

Folha de S. Paulo: Contingenciamento do Orçamento é teste de fogo para Lula diminuir risco fiscal

Valor Econômico: Com alta de preços, receita do varejo aumenta mais que volume vendido

O Globo: Emendas de comissão são o novo orçamento secreto e reforçam repasse desigual na Saúde

5. Agenda

Brasil:

  • 8h30: Empréstimos Bancários;
  • 9h: Reunião do CMN;
  • 9h: IPCA-15;

Estados Unidos:

  • 9h30: Licenças de Construção;
  • 11h: Vendas de Casas Novas;
  • 11h30: Estoques de Petróleo Bruto;
  • 11h30: Estoques de Petróleo em Cushing;
  • 14h: Leilão Americano Note a 5 anos;
  • 17h30: Resultados do Teste de Estresse Bancário do Fed.

-- Com informações da Bloomberg News.

Tamires Vitorio

Jornalista formada pela FAPCOM, com experiência em mercados, economia, negócios e tecnologia. Foi repórter da EXAME e CNN e editora no Money Times.