Bloomberg — A quarta-feira (2) começa com investidores ainda em estado de atenção com a escalada do conflito entre Israel e agora o Irã no Oriente Médio, que já causa pressão sobre os preços futuros do petróleo e aumenta o componente de incertezas geopolíticas globais.
No Brasil, investidores podem reagir ao aumento da nota de risco de crédito soberano do Brasil pela Moody’s, anunciado no fim da tarde de terça-feira (1).
Veja a seguir cinco questões para ficar de olho:
1. G7 convoca reunião
A Itália convocou uma reunião extraordinária dos líderes do Grupo dos Sete (G7) nesta quarta-feira, em meio ao agravamento das tensões no Oriente Médio.
O governo de Giorgia Meloni, que detém a presidência do G7 neste ano, tem defendido consistentemente a “desescalada” militar e um cessar-fogo tanto no Líbano quanto em Gaza.
Durante a reunião marcada para mais tarde hoje, os líderes do G7 discutirão possíveis soluções diplomáticas para aliviar as tensões nas fronteiras entre Israel e Líbano.
Nas últimas horas, Benjamin Netanyahu prometeu retaliar contra o Irã após o país ter disparado cerca de 200 mísseis balísticos contra Israel por causa dos ataques no Líbano, uma grave escalada das hostilidades que as potências mundiais temem que possa se transformar em uma guerra generalizada no Oriente Médio.
2. Upgrade da nota do Brasil
A nota de crédito do Brasil foi elevada para o mais alto grau na classificação de junk grade pela Moody’s Ratings, que citou o crescimento econômico considerado robusto e um histórico de reformas como motivos para a elevação.
A classificação soberana do Brasil foi elevada de Ba2 para Ba1 nesta terça-feira (1º) no fim da tarde pela Moody’s, que indicou uma perspectiva positiva. A nota está imediatamente abaixo do grau de investimento, atribuído a países considerados mais confiáveis para a compra de títulos da dívida.
“O upgrade reflete melhorias materiais no crédito que esperamos que continuem”, escreveram os analistas, incluindo Samar Maziad, em um comunicado.
3. Mercados
As ações europeias e em Hong Kong avançaram nesta manhã de quarta-feira após novas medidas de estímulo da China, apesar da tensão geopolítica no Oriente Médio.
Os preços do petróleo do tipo Brent e WTI subiram mais de 2%, para acima de US$ 75 e US$ 71 o barril, respectivamente, e o ouro recuava, mas segue perto de nível recorde, com as tensões elevadas no Oriente Médio.
Investidores reagem com cautela à resposta do Irã com o disparo de centenas de mísseis contra Israel após a invasão terrestre deste no sul dom Líbano para atacar o Hezbollah.
Um índice de ações chinesas disparou até 8,4% em Hong Kong, o maior avanço desde novembro de 2022, enquanto se encaminhava para a 13ª sessão consecutiva de ganhos.
4. Manchetes dos sites dos principais jornais
- Folha de S. Paulo: Irã diz que concluiu ataque a Israel, salvo em caso de retaliação
- Estado de S. Paulo: Bombardeio do Irã pode dar a Israel a justificativa de que Netanyahu precisava para atacar Teerã
- O Globo: Sem Lula na campanha, petistas sofrem nas capitais e veem debandada de aliados
- Valor Econômico: Na reta final, aumento da tensão na cúpula e ‘gato’ na Americanas
5. Agenda
- EUA: Relatório de Empregos no setor privado da ADP em setembro
- EUA: Discurso de Michelle Bowman, integrante do FOMC
- Zona do Euro: Taxa de Desemprego em agosto
- Discurso de Luis de Guindos, do BCE
- Japão: PMI Serviços, Discurso de Asahi Noguchi
- China: Feriado
- Com informações da Bloomberg News.