Bloomberg — O banco central da China reduziu pela segunda vez este ano a quantidade de dinheiro que os bancos precisam manter em reservas junto à autoridade monetária, em mais uma tentativa de fortalecer a frágil recuperação da economia.
O Banco Popular da China cortou em 0,25 ponto percentual a alíquota de depósito compulsório para a maioria dos bancos, segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira (14). Com percentuais que variam dependendo do banco, a média ponderada ficará em 7,4% após o corte.
A redução, que vigora a partir de sexta-feira (15), visa ajudar a manter uma liquidez razoavelmente ampla, disse a autoridade monetária no comunicado.
A recuperação econômica da China perdeu impulso desde o segundo trimestre, com dados fracos de gastos do consumidor, investimentos e mercado de trabalho. Indicadores mais recentes de inflação e exportações apontam para uma possível estabilização da economia, mas ainda não está claro quanto tempo durará.
“A economia continua a se recuperar e o seu motor interno continua a se fortalecer”, afirmou o banco central.
Em agosto, o BC chinês intensificou o estímulo monetário, com um corte surpresa dos juros de um ano, a segunda redução em 2023. A maioria dos economistas espera que a autoridade mantenha a taxa inalterada na sexta-feira.
Os analistas esperavam que o banco central tomasse medidas adicionais para flexibilizar a política monetária, inclusive através do ajuste do compulsório. A instituição já havia baixado a alíquota em 0,25 ponto percentual para a maioria dos bancos em março.
Uma alíquota menor libera liquidez para os bancos emprestarem mais a empresas e consumidores.
O governo estabeleceu uma meta de crescimento econômico conservadora de cerca de 5% para este ano, que os economistas esperam que o país cumpra.
--Com a colaboração de Fran Wang e Philip Glamann.
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