Bloomberg — Os mercados acionários andinos ainda oferecem a melhor relação entre risco e retorno em uma década, mesmo depois que superaram por ampla margem pares da América Latina, como Brasil e México, neste ano, disse o BTG Pactual (BPAC11).
O melhor ambiente político, os preços mais elevados das commodities e o ciclo de flexibilização monetária no Chile e Peru devem ajudar a impulsionar o crescimento dos lucros e as ações no segundo semestre de 2024 e em 2025, disse Alonso Aramburu, analista do banco, em nota aos clientes.
“Como é comum na América Latina, o ambiente político e as suas implicações nas condições econômicas têm sido um fator-chave para os preços dos ativos”, escreveu Aramburu.
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“Esta combinação, juntamente com o apoio dos preços das commodities e um ciclo de flexibilização antecipado, favorecerem os mercados andinos, especialmente o Chile e o Peru.”
O principal índice de ações do Chile subiu 3% este ano e o do Peru avançou 14%, em comparação com um declínio de 7,1% do Ibovespa (IBOV) e uma queda de 9,6% do índice acionário mexicano.
Os investidores estrangeiros têm posições relativamente ‘underweight’ (abaixo da média do mercado, equivalente a venda) na região andina, enquanto as moedas locais parecem baratas, o que pode trazer “impulsos adicionais”, segundo Aramburu.
Na região, os riscos fiscais no Brasil e o aumento do ruído político no México levam o BTG Pactual a ver espaço limitado para uma mudança de perspectiva em ambos os mercados. Entretanto, Aramburu espera que a bolsa suba entre 30% e 40% no Chile e no Peru no próximo ano e meio, e entre 20% e 30% na Colômbia.
“A recuperação econômica está mais visível no Peru e no Chile, com as recentes atualizações nas estimativas de crescimento do PIB”, disse Aramburu.
“Esse cenário deve começar a impulsionar o crescimento dos lucros de forma mais visível nos próximos trimestres, o que deve ser o principal catalisador para que as ações continuem apresentando desempenho superior nos próximos 12 meses.”
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