Bostic, do Fed, diz que medidas de inflação têm voltado para a faixa da meta

O presidente do Federal Reserve de Atlanta disse estar esperançoso de que as pressões sobre os preços se normalizem no ano que vem

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Por Steve Matthews
30 de Maio, 2024 | 08:48 AM

Bloomberg — O presidente da regional de Atlanta do Federal Reserve, Raphael Bostic, disse que tem esperança de que as pressões “explosivas” sobre os preços observadas durante a pandemia de covid-19 se normalizem no ano que vem.

Em uma conferência em Atlanta na quarta-feira (29), Bostic disse que “ainda temos um caminho a percorrer” para conter o crescimento significativo dos preços observado nos últimos anos.

Embora a amplitude da inflação ainda seja bastante alta, ele disse que uma redução o ajudaria a ganhar a confiança necessária para cortar a taxa de juros.

“Minha perspectiva é que, se as coisas correrem de acordo com o que eu espero - a inflação vai desacelerar, o mercado de trabalho volta lenta e ordenadamente para uma espécie de postura mais fraca, mas uma postura de crescimento estável -, estou considerando o final do ano, o quarto trimestre, como o momento em que poderemos realmente pensar e estar preparados para reduzir as taxas”, disse Bostic.

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O chefe do Fed de Atlanta disse que muitas das diferentes medidas de inflação que ele analisa em seu painel "estão voltando para a faixa da meta".

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A economia dos EUA expandiu-se em um ritmo “leve ou modesto” na maioria das regiões, e os consumidores resistiram aos preços mais altos desde o início de abril, disse o Fed em sua pesquisa do Livro Bege feita a partir de contatos comerciais regionais, publicada na quarta-feira.

As autoridades do Fed mantiveram a taxa de juros em uma faixa de 5,25% a 5,5% ao ano, o maior patamar em duas décadas, desde julho passado. Uma série de formuladores de política monetária indicou que é preciso ver mais dados para ganhar confiança de que a inflação caminha para retornar à meta de 2% do banco central americano.

Bostic vota este ano no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), que define a taxa de juros. O comitê se reunirá em 11 e 12 de junho.

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