Bloomberg — Quando se trata de ações de baixo desempenho da Europa, os fluxos de investimento revelam a percepção dos investidores.
Fundos de ações da região registraram a 16ª semana consecutiva de saídas de recursos, o que eleva o total de retiradas para US$ 27 bilhões no acumulado do ano, disseram estrategistas do Bank of America em relatório na sexta-feira (30), com base em dados da EPFR Global.
Somente na semana passada, a Europa enfrentou as maiores saídas entre as principais regiões, com um êxodo de US$ 4,6 bilhões.
Os fluxos destacam como o rali das bolsas europeias perdeu força em um momento em que o índice Nasdaq 100 registra o melhor desempenho para um primeiro semestre. O Reino Unido tem ficado aquém, com o FTSE 100 praticamente estável desde o início de 2023.
O fraco desempenho da região reflete, em parte, uma preferência crescente dos investidores por ações de crescimento e de companhias de tecnologia de megacapitalização, cujo peso é muito maior nos Estados Unidos.
É provável que a força da economia americana também tenha desempenhado um papel em meio aos temores de fragilidade do crescimento global.
“A exposição à tecnologia impulsiona os fluxos de renda variável regionais novamente, beneficiando ações dos EUA e o dólar”, escreveu o estrategista do Barclays, Emmanuel Cau, em nota esta semana, ao destacar que a Europa foi a única grande região a registrar retiradas em junho.
“Em contraste, investidores dos EUA começaram a vender ações europeias pela primeira vez este ano, com o enfraquecimento dos dados de atividade levando a saídas mais amplas da região.”
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