Crise dos escritórios cria oportunidades a preços atraentes, diz Blackstone

Uma das maiores gestoras do mundo diz que está mais seletiva, mas aponta que, em alguns casos, preços de ativos se afastam de valor fundamental

Escritórios vazios levantam preocupações de investidores com o setor após a pandemia
Por Jack Sidders
05 de Julho, 2023 | 12:22 PM

Bloomberg — Os temores em relação à turbulência no mercado imobiliário de escritórios estão criando oportunidades para investidores bem capitalizados, de acordo com Kathleen McCarthy, co-CEO de imóveis globais da Blackstone (BX), uma das maiores gestoras de ativos do mundo.

“Quando o sentimento se torna extremamente negativo, os preços se afastam do valor fundamental”, disse a executiva em uma entrevista à Bloomberg Television. “Temos o hábito de tentar abafar esse ruído e analisar as informações que estão na nossa frente.”

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Altas taxas de vacância nos mercados de escritórios nos Estados Unidos e o impacto do aumento das taxas de juros nos valores imobiliários na Europa levaram a uma venda agressiva de ações e títulos imobiliários.

A profundidade da desaceleração indica que os investidores estão esperando uma queda nos preços, embora um impasse entre compradores e vendedores signifique que a dor ainda não tenha se refletido totalmente nos valores dos ativos.

Até agora, neste ano, a Blackstone investiu cerca de 3,5 bilhões de euros (ou US$ 3,8 bilhões) na Europa, concentrando-se principalmente em propriedades onde vê o melhor potencial de aumento dos aluguéis para compensar os custos mais altos de empréstimos, como armazéns e moradias estudantis, afirmou McCarthy.

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“Temos mais dados do que qualquer outro investidor no planeta”, disse ela. “Isso nos orienta em nossas transações”. A Blackstone está sendo muito seletiva, mas ainda está disposta a aproveitar as oportunidades onde vê força no curto e longo prazo, acrescentou.

O volume de transações imobiliárias comerciais na Alemanha no primeiro semestre do ano ficou cerca de dois terços abaixo da média de longo prazo.

No entanto, a pressão está aumentando sobre os proprietários que precisam vender ativos para reduzir sua dívida relativa, que está aumentando à medida que os valores dos ativos caem.

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“Leva um tempo para que os vendedores reconheçam que talvez seja hora de seguir em frente ou se ajustar a novos preços”, disse McCarthy.

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