Barcelona, Espanha — A semana será marcada por uma enxurrada de balanços corporativos e decisões de política monetária de vários bancos centrais, entre eles o Federal Reserve (Fed) e o Banco Central do Brasil, na quarta-feira, na quarta-feira, e o Banco da Inglaterra (BoE) no dia seguinte. Também trazem aos negócios boa dose de prudência as tensões no Oriente Médio e sua consequência não só ao tabuleiro geopolítico, como também aos preços do petróleo
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▶️ Resoluções de ano novo. A suíça Holcim, a maior fabricante de cimento do mundo, informou ontem que planeja separar seus negócios de rápido crescimento na América do Norte para abrir caminho a uma listagem no próximo ano nos EUA, avaliada em mais de US$30 bilhões. As ações da Holcim subiram 38% no ano passado, atingindo em dezembro o nível mais alto desde 2015.
⚖️ Nova onda de litígios. Um júri da Pensilvânia ordenou que a unidade Monsanto da Bayer pagasse mais de US$2,2 bilhões a um ex-usuário do herbicida Roundup, que atribuiu seu câncer ao produto. Esse é o maior valor determinado pela justiça em cinco anos de litígios relacionados ao herbicida. O júri estipulou que o litigante, que utilizou o Roundup profissionalmente e em casa, recebesse US$250 milhões por danos compensatórios e US$2 bilhões por danos punitivos.
💥 Tensão no horizonte. Os investidores observam cautelosamente como as crescentes tensões no Oriente Médio podem perturbar o mercado de petróleo. Um ataque de drone matou soldados americanos na Jordânia e um petroleiro, carregando combustível russo, foi alvo dos houthis no Mar Vermelho. Esses incidentes ameaçam elevar ainda mais os preços do petróleo, já vulneráveis pela importância estratégica da região na produção energética e rotas comerciais globais.
Além disso, a pressão sobre o presidente dos EUA, Joe Biden, para responder ao Irã se intensifica, e os ataques recentes dos houthis a embarcações de petróleo indicam um momento decisivo para o mercado de petróleo, que até então parecia resistente a esses conflitos.
🏗️ Novos capítulos. A China Evergrande Group recebeu uma ordem de liquidação de um tribunal de Hong Kong, desencadeando um processo complexo de desmembramento da maior vítima da crise imobiliária que afeta a economia da China. A decisão judicial evidencia a dramática queda da Evergrande, que acumulou mais de US$ 300 bilhões em passivos. A empresa, outrora valiosa, viu suas ações despencarem mais de 99% do valor máximo. A liquidação testará o poder judicial de Hong Kong sobre os ativos na China e os novos administradores enfrentarão o desafio de vender ativos em um mercado desconfiado e sem liquidez.
🚧 Em “obras”. A China suspenderá o empréstimo de determinadas ações para venda a descoberto a partir de segunda-feira, anunciou o órgão regulador de valores mobiliários no domingo, em uma medida para ajudar os mercados de ações do país, em queda. Os investidores estratégicos não terão permissão para emprestar ações durante os períodos de bloqueio acordados, informaram as bolsas e o órgão regulador do país.
📈 O vaivém dos ativos. Os contratos futuros de índices dos EUA operavam perto da estabilidade, com tendência de queda. Na Europa, quase todas as bolsas recuavam, com exceção da londrina, que operava com ligeira alta, mas sem fôlego.
No encerramento do mercado acionário da Ásia, as bolsas fecharam sem uma direção única. Os prêmios do título soberano dos EUA a 10 anos caíam. Os contratos de ouro subiam. O bitcoin se valorizava.
O petróleo Brent e o West Texas Intermediate chegaram a subir para seus níveis mais altos desde novembro nas negociações intraday. Mas mudavam de rumo há pouco. Os EUA disseram que militantes apoiados pelo Irã mataram três membros do serviço militar, com o presidente Joe Biden prometendo retaliar.
(Com informações de Bloomberg News)