Ata indica que Fed deve manter taxa de juros estável até a melhora da inflação

Documento divulgado nesta quarta aponta que as autoridades expressaram disposição para manter o juro estável na reunião do FOMC em janeiro

Sede do Fed, em Washington: “muitos participantes notaram que o comitê poderia manter a taxa básica de juros em um nível restritivo se a economia permanecesse forte e a inflação permanecesse elevada”, diz a ata. (Foto: Samuel Corum/Bloomberg)
Por Amara Omeokwe
19 de Fevereiro, 2025 | 06:55 PM

Bloomberg — Em janeiro, as autoridades do Federal Reserve expressaram sua disposição de manter as taxas de juros estáveis em meio à inflação persistente e à incerteza da política econômica.

“Os participantes indicaram que, desde que a economia permanecesse perto do emprego máximo, eles gostariam de ver mais progresso na inflação antes de fazer ajustes adicionais na taxa de juros”, diz a ata da reunião do Fomc de 28 e 29 de janeiro.

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A ata, divulgada nesta quarta-feira (19) em Washington, disse que “muitos participantes notaram que o comitê poderia manter a taxa básica de juros em um nível restritivo se a economia permanecesse forte e a inflação permanecesse elevada”.

As autoridades mantiveram a taxa de juros do Fed em uma faixa de 4,25% a 4,5% no encontro.

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A ata ressaltou a abordagem cautelosa que os integrantes do Fed estão adotando após reduzir as taxas de juros em um ponto percentual nos últimos meses de 2024. Várias autoridades disseram que gostariam de ver a inflação esfriar ainda mais em direção à meta de 2% do Fed antes de apoiar outro corte.

Os investidores atualmente precificam um corte de juros em 2025, com possibilidade de um segundo, de acordo com os mercados futuros.

Algumas autoridades também expressaram preocupação com os riscos representados pela possibilidade de outro confronto sobre o teto da dívida em Washington.

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Incertezas de Trump

Os integrantes do Fed também observam a implementação dos planos de política econômica do presidente Donald Trump e como eles podem moldar a economia.

Trump está promovendo uma agenda que inclui um uso maior de tarifas sobre parceiros comerciais e uma repressão à imigração, ambos os quais podem afetar a perspectiva de inflação, o mercado de trabalho e o crescimento econômico.

Ao caracterizar os riscos na economia como aproximadamente equilibrados, os formuladores de políticas “geralmente apontaram para riscos de alta nas perspectivas de inflação”, segundo a ata.

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“Os participantes citaram os possíveis efeitos de potenciais mudanças na política comercial e de imigração, o potencial de desenvolvimentos geopolíticos para interromper as cadeias de suprimentos ou gastos familiares mais fortes do que o esperado”, diz a ata.

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