Bloomberg — As ações relacionadas à China estão encaminhadas para abrir em baixa nesta manhã de terça-feira (5) na Ásia, em meio à crescente preocupação dos investidores com a capacidade de Pequim de corrigir uma desaceleração econômica.
A alta do mercado de ações de Wall Street deu uma pausa na abertura da semana antes da divulgação de dados-chave dos EUA - o mais aguardado é o payroll de fevereiro, que sai na sexta (8).
Os futuros indicam que as ações de Hong Kong podem cair mais de 1%, com o benchmark de Xangai também pronto para recuar. As ações de Sydney abriram estáveis e as de Tóquio parecem prontas para cair após o recuo do S&P 500 durante a noite.
A Tesla afundou mais de 7% nesta segunda (4). A ação da Nvidia, por outro lado, subiu 3,6%, ultrapassando a Saudi Aramco para se tornar a terceira empresa pública mais valiosa do mundo.
Na Ásia, o foco estará nas reuniões parlamentares anuais do Congresso Nacional do Povo em Pequim e, em particular, no relatório anual de trabalho do governo na abertura do parlamento nesta terça-feira, em que se espera que o premier Li Qiang repita a meta de crescimento do ano passado de cerca de 5%.
No entanto a notícia de que o segundo homem na hierarquia do comando da nação desafiará a recente convenção ao não realizar uma entrevista coletiva de imprensa para investidores saberem mais sobre a direção política da nação pode minar sua capacidade de aumentar a confiança em uma economia que lida com uma crise imobiliária prolongada e ventos contrários das tensões geopolíticas com os EUA.
O clima é mais otimista no Japão, onde o Nikkei 225 Stock Average ultrapassou o nível psicológico de 40.000 pontos pela primeira vez na segunda-feira, o que abriu as portas para mais ganhos em seu rali histórico.
Outro rali implacável nas ações dos EUA teve uma pausa na segunda-feira, com os traders aguardando os dados de emprego desta semana e os comentários das autoridades do Federal Reserve em busca de pistas sobre a perspectiva das taxas de juros.
Em depoimentos ao Congresso na quarta (6) e na quinta-feira (7), espera-se que o presidente do Fed, Jerome Powell, reforce sua mensagem de que não há pressa para cortar as taxas. Enquanto isso, dados previstos para mostrar arrefecimento do mercado de trabalho devem reforçar as apostas na flexibilização da política monetária.
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