Ásia tem abertura com direção mista após dia de ganhos moderados em NY

Nomes respeitados em Wall Street, como Jamie Dimon, do JPMorgan, e Ken Griffin, da Citadel, alertam que pode ser prematuro ampliar apostas em cortes de juros nos EUA

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Bloomberg — Os futuros de ações na Ásia estavam com direções mistas nesta manhã de quinta-feira (16) após novo dia de ganhos, ainda que moderados, para as bolsas dos EUA, enquanto os Treasuries recuaram à medida que os investidores avaliavam novos sinais de resiliência na maior economia do mundo.

Contratos para os benchmarks de ações no Japão e na Austrália estavam ligeiramente mais baixos, enquanto os de Hong Kong subiam levemente. O S&P 500 avançou 0,16% nesta quarta (15), impulsionado por resultados corporativos favoráveis e apostas de que o aperto do Federal Reserve atingiu o pico.

Os rendimentos australianos e neozelandeses subiram depois que os Treasuries reduziram os ganhos da semana anterior. O rendimento do título de 10 anos dos EUA subiu nove pontos-base para acima de 4,5% na quarta-feira. Isso ajudou o dólar, que ganhou terreno em relação às principais moedas, incluindo o iene, que enfraqueceu além de 151 por dólar.

A calmaria incipiente foi refletida no índice VIX, o medidor de medo de Wall Street, que permaneceu perto de sua mínima em dois meses. O índice ICE BofA MOVE, que acompanha a volatilidade do mercado de títulos, também caiu.

Esses movimentos seguiram dados recentes que ajudaram a construir o caso de um pouso suave na economia americana. As vendas no varejo desaceleraram em outubro e os meses anteriores foram revisados para cima — sugerindo alguma resiliência para a temporada de festas. Os preços pagos aos produtores (o PPI) nos EUA caíram inesperadamente para a menor taxa desde abril de 2020.

“Tivemos mais Goldilocks hoje”, disse David Russell, chefe global de estratégia de mercado na TradeStation. “O crescimento de preços está se moderando, mas com uma forte demanda à espera. O soft landing está tomando forma.”

Apesar das crescentes esperanças de que a inflação nos EUA se dissipe ainda mais em direção à meta de 2% do Fed, um número crescente de figuras proeminentes de Wall Street tem alertado e pedido cautela.

O mercado de títulos corre o risco de se inclinar muito fortemente para cortes de taxas no próximo ano, pois “o problema da inflação está longe de ser resolvido”, de acordo com Daniel Ivascyn, diretor de investimentos da Pacific Investment Management Co., a Pimco.

Ele se juntou a Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, e Ken Griffin, fundador da Citadel, que nesta semana alertaram que a inflação pode ser mais persistente do que os mercados estão precificando.

Na Ásia, dados sobre as expectativas de inflação e emprego na Austrália estão previstos. No Japão, serão divulgados dados comerciais, enquanto os preços de novas residências na China também são esperados ainda hoje.

Isso segue relatos no início da semana mostrando gastos dos consumidores chineses resilientes e também um plano para apoiar o setor imobiliário que impulsionou os desenvolvedores na quarta.

Os investidores também estarão com foco na Tencent Holdings após seu resultado trimestral melhor do que o esperado divulgado na quarta.

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