Ações sobem na Europa e futuros nos EUA ficam estáveis antes da inflação em maio

Quarta terá a divulgação do CPI pela manhã e a decisão de política monetária do Fed à tarde; no Brasil, investidores aguardam reação do governo à devolução de MP sobre créditos de PIS/Confins

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Bloomberg Línea — As ações europeias subiam na manhã desta quarta-feira (12) após dias de turbulência política na França, com traders se posicionando para a potencial interrupção causada pelos dados de inflação dos EUA, que serão divulgados algumas horas antes da decisão sobre a taxa de juros do Federal Reserve.

Os bancos lideraram um avanço de 0,5% no Stoxx 600, encerrando três sessões de perdas. O euro manteve-se estável. Os títulos do Tesouro pouco mudaram após subirem com uma sólida venda de US$ 39 bilhões, enquanto os títulos franceses de 10 anos interromperam quatro dias de perdas.

O dólar manteve-se firme após quatro dias de ganhos, enquanto os futuros das ações dos EUA subiram ligeiramente depois que o S&P 500 fechou em mais um recorde na véspera.

O núcleo da inflação deve mostrar leve desaceleração na taxa anual para 3,5% em maio, versus 3,6% em abril - e variação mensal de 0,3%, como no mês anterior, segundo o consenso de economistas consultados pela Bloomberg. O indicador “cheio” deve vir em 0,1% em maio, versus 0,3% em abril, com a taxa em 12 meses estável em 3,4%. O dado será divulgado às 9h30 (de Brasília).

Na Ásia, o índice de ações de Hong Kong teve queda de mais de 1%, com as ações do setor automotivo liderando a queda antes da decisão tarifária da Europa. As ações também caíram no Japão, enquanto os índices na Índia caminharam para novos recordes históricos.

Um índice da Bloomberg de força do dólar estendeu seu avanço para a quinta sessão, pairando perto do patamar máximo deste ano.

“O Fed deve ganhar convicção de que a inflação está firmemente a caminho da meta antes de cortar as taxas. Portanto, é provável que seja necessário mais evidências convincentes de tendências desinflacionárias,” disse Naomi Fink, estrategista global da Nikko Asset Management.

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- MP de créditos de PIS/Cofins: Fernando Haddad disse na noite de terça que o governo não tem plano B para compensar a arrecadação esperada com a MP que foi devolvida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, mas que uma nova solução terá que ser buscada em conjunto com o Congresso.

- Queda na venda de elétricos: A indústria automotiva global deve vender 6,7 milhões a menos de carros elétricos até 2026 do que anteriormente esperado, segundo o relatório anual da BloombergNEF.

- Prêmio em títulos franceses: O mercado continua a reprecificar ativos na França depois da decisão de Emmanuel Macron de convocar eleições sob risco de derrota: alguns títulos do país, antes considerados entre os mais seguros da Europa, estão pagando um prêmio acima do de países como Portugal.

(Com informações de Bloomberg News)

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🔘 As bolsas ontem (11/06): Dow Jones Industrials (-0,31%), S&P 500 (+0,27%), Nasdaq (+0,88%), Stoxx 600 (-0,93%), Ibovespa (+0,76%)