Ações na Europa sobem em reação a inflação moderada; NY opera perto da estabilidade

Nos EUA, investidores aguardam a divulgação do indicador de preços ao consumidor

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Bloomberg — As ações europeias operam em alta nesta quarta-feira (15), e os rendimentos dos títulos caíram, após uma desaceleração inesperada da inflação no Reino Unido, que seguiu uma leitura moderada dos preços no atacado nos EUA esperanças de que as pressões inflacionárias possam estar começando a diminuir.

Os preços ao consumidor britânico subiram 2,5% em relação ao ano anterior em dezembro, melhor que a previsão de 2,6% feita pelos economistas.

O índice europeu Stoxx 600 de ações subiu 0,4%, enquanto o índice FTSE 250 de Londres avançou 1,5%, já que a leitura da inflação manteve vivas as esperanças de um corte na taxa de juros do Banco da Inglaterra no próximo mês.

O resultado também fez a libra cair até 0,4%, enquanto os rendimentos dos títulos do governo britânico de 10 anos recuaram sete pontos-base, o que trouxe alívio para um mercado que sofreu com a recente liquidação de títulos.

Embora os dados de inflação ao consumidor dos EUA, que serão divulgados mais tarde no dia, mantenham os traders cautelosos em fazer grandes apostas, os rendimentos dos títulos do Tesouro americano de 10 anos caíram dois pontos-base, e o índice do dólar da Bloomberg estendeu a queda de 0,4% registrada na terça-feira. Os futuros de ações dos EUA permaneceram estáveis.

A divulgação do indicador de preços ao consumidor dos EUA desta quarta-feira chega em um momento crucial para os mercados globais, pressionados por uma redução nas expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve e outros bancos centrais.

Os analistas esperam um quinto mês consecutivo de aumentos, com alta de 0,3% em dezembro.

“A influência das taxas de juros passou a ser o foco principal do que movimenta o mercado no dia a dia”, disse Matt Stucky, gerente de portfólio da Northwestern Mutual Wealth Management à Bloomberg News.

“Desde que ultrapassamos o limite de 4,5% no rendimento do Tesouro de 10 anos, o mercado se fixou muito nisso, o que aumenta ainda mais a ênfase nos dados de inflação que estão por vir.”

Veja a seguir outros destaques desta manhã de quarta-feira (15):

- Nova lista dos EUA. O governo Biden adicionou 37 empresas dos setores de mineração, energia solar e têxteis da China à sua lista de companhias proibidas de exportar para os EUA devido a alegações de práticas de trabalho forçado na região de Xinjiang.

- Synthesia dobra valuation. A startup de inteligência artificial que permite que empresas produzam vídeos com avatares realistas levantou US$ 180 milhões em uma rodada de financiamento de série D. O valuation da startup dobrou para US$ 2,1 bilhões, anunciou a empresa nesta quarta (15).

- Bayer perde mais uma ação. A companhia foi condenada a pagar US$ 100 milhões em um caso que a responsabiliza por alunos e funcionários de uma escola pública na área de Seattle adoecerem devido à exposição a bifenilos policlorados (PCBs) presentes em luminárias fluorescentes antigas.

🔘 As bolsas ontem (14/01): Dow Jones Industrials (+0,52%), S&P 500 (+0,11%), Nasdaq Composite (-0,23%), Stoxx 600 (-0,08%), Ibovespa (+0,25%)

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-- Com informações da Bloomberg News.

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