Ações na Europa operam estáveis com possibilidade de acordo entre Trump e China

Presidente Donald Trump disse na noite de quarta-feira (19) que ‘é possível’ um acordo com o gigante asiático

NO RADAR DOS MERCADOS
20 de Fevereiro, 2025 | 06:53 AM

Bloomberg — As ações europeias operam perto da estabilidade nesta quinta-feira (20) à medida que os rendimentos dos títulos recuaram e o presidente Donald Trump sinalizou a possibilidade de alcançar um novo acordo comercial com a China.

O índice Stoxx 600 da Europa avançava 0,21%, após registrar sua maior queda em dois meses na quarta-feira, com as ações de recursos liderando os ganhos.

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No entanto, os resultados fracos de empresas como Mercedes-Benz Group e Airbus afetaram o sentimento do mercado, enquanto as ações de defesa expostas aos EUA, como BAE Systems e Qinetiq Group, foram prejudicadas pelos planos dos Estados Unidos de reduzir os gastos militares.

Os contratos futuros do S&P 500 caíram cerca de 0,3%.

A volatilidade do mercado foi intensificada nos últimos dias pela aparente retirada do apoio de Trump à Ucrânia e seus aliados europeus, além de suas ameaças de estender tarifas a diversos setores. As tensões geopolíticas impulsionaram os preços do ouro para um novo recorde acima de US$ 2.954 por onça.

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“Os mercados estão ficando nervosos com a abordagem que o presidente Trump está adotando para resolver o conflito entre Rússia e Ucrânia e temem um desdobramento desfavorável”, disse Charu Chanana, estrategista-chefe de investimentos da Saxo Markets, em Cingapura.

Enquanto isso, os bancos centrais sinalizaram que os cortes nas taxas de juros podem ser limitados pelos riscos de inflação, com a ata do Federal Reserve tendo confirmado que a política monetária permanecerá estável por enquanto.

No entanto, os mercados de títulos do Tesouro ignoraram esses sinais e focaram na revelação de que os formuladores de políticas discutiram a possibilidade de pausar ou desacelerar a redução do balanço patrimonial. O banco central tem reduzido seus ativos há quase três anos. Os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos caíram um ponto-base, e estenderam a queda de quarta-feira.

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Veja a seguir outros destaques desta manhã de quinta-feira (20):

- Vale tem prejuízo anual. Apesar da maior produção de minério de ferro desde 2018, a mineradora encerrou o ano com queda de 22% nas receitas, em US$ 10,1 bilhões, e de 41% no Ebitda ajustado, além de perdas de US$ 694 milhões (vs. lucro de US$ 2,4 bilhões em 2023).

- Siemens vende ações de unidade. A empresa alemã espera arrecadar US$ 1,5 bilhão com a venda de participação de 2,3% na Siemens Healthineers, sua unidade de tecnologia médica. O grupo aumentou a quantidade de ações para cerca de 26,5 milhões ante 22 milhões anteriormente.

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- Nova meta da Airbus. A empresa estimou que entregará 820 aeronaves este ano. A projeção da fabricante europeia representa um aumento de 7% em relação a 2024 e está próxima das 823 unidades projetadas pelos analistas, embora ainda abaixo do pico alcançado pela empresa em 2019.

Ações globais 20/02/25
🔘 As bolsas ontem (19/02): Dow Jones Industrials (+0,16%), S&P 500 (+0,24), Nasdaq Composite (+0,07), Stoxx 600 (-0,91%), Ibovespa (-0,95%)

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-- Com informações da Bloomberg News.

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