Ações na Europa e futuros em NY recuam na abertura e rendimento de títulos sobe

Mercado começa o dia em linha com pregão de cautela na véspera; BHP tem prazo final para chegar a acordo com Anglo American, e, no Brasil, Câmara aprova taxação de compras até US$ 50

Por

Bloomberg Línea — As ações na Europa e os futuros nos EUA caíram neste começo de quarta-feira (29), acompanhando a queda nos títulos do Tesouro americano durante a noite após leilões de dívida considerados fracos e comentários hawkish de uma autoridade do Federal Reserve, Neel Kashkari.

O Stoxx 600 da Europa caiu 0,40% na abertura e os futuros apontaram para uma queda semelhante em Wall Street. Os rendimentos dos títulos alemães de 10 anos se aproximaram do nível mais alto desde novembro, antes dos dados de inflação nacional.

A venda de títulos australianos se aprofundou após os números da inflação superarem as estimativas e os rendimentos de referência japoneses atingirem o nível mais alto desde 2011.

Investidores sentem os efeitos de uma sessão difícil nos EUA, após uma demanda “morna” por vendas de notas dos EUA, dados resilientes de confiança do consumidor e declarações consideradas hawkish do banco central alimentarem expectativas de que as taxas de juros permanecerão mais altas por mais tempo.

Após um salto de nove pontos base na terça-feira (28), os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos subiram ligeiramente para 4,57%.

Hoje à tarde, os presidentes do Fed de Nova York, John Williams, e de Atlanta, Raphael Bostic, fazem declarações no período da tarde e podem dar novos sinais sobre os próximos passos do Fed.

Assine a newsletter matinal Breakfast, uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque em negócios e finanças no Brasil e no mundo.

- Reta final para BHP. A mineradora australiana corre contra o tempo para reapresentar os termos de sua proposta pela Anglo American, horas antes do deadline acertado às 17h de Londres (13h do Brasil). Se não houver acordo entre as duas, uma nova oferta só poderá ser feita em seis meses.

- China mais forte. Diante dos dados mais recentes e de medidas tomadas pelo governo, o Fundo Monetário Internacional revisou de 4,6% para 5,0% a sua projeção de crescimento da economia da China neste ano. Mas alertou para a desaceleração daqui a alguns anos em razão do envelhecimento da população.

- Taxação de compras até US$ 50. A Câmara aprovou na noite de ontem (28) o projeto de lei que tributa em 20% compras de até US$ 50 em sites estrangeiros como Shein, Shopee e Aliexpress, um pleito de empresas brasileiras com alegação de isonomia de impostos. O projeto agora segue para o Senado.

(Com informações de Bloomberg News)

🗓️ AGENDA: Os eventos e indicadores em destaque hoje e na semana →

🔘 As bolsas ontem (28/05): Dow Jones Industrials (-0,55%), S&P 500 (+0,02%), Nasdaq (+0,59%), Stoxx 600 (-0,60%), Ibovespa (-0,58%)