Bloomberg Línea — As ações europeias caíram nesta manhã de quinta-feira (3), em linha com a fraqueza dos mercados asiáticos, à medida que uma alta excepcional nas ações chinesas perde fôlego. O preço do petróleo continuou a subir em meio ao aumento da tensão no Oriente Médio.
O índice Stoxx Europe 600 caiu perto de 0,40% na abertura, após um indicador de ações chinesas interromper uma sequência de 13 dias de alta.
Os futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 também caíram. O índice do dólar da Bloomberg subiu pelo quarto dia, impulsionado pelo aumento dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA.
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As ações globais estão a caminho da primeira perda semanal em quatro semanas, diante da ameaça de uma escalada do conflito no Oriente Médio.
Na quarta-feira, Israel avançou com uma incursão terrestre contra o Hezbollah, no sul do Líbano, enquanto considera sua resposta ao ataque de mísseis do Irã na terça-feira (1).
O foco dos investidores também estará nos dados de emprego dos EUA em setembro, a serem divulgados amanhã (4), para avaliar o próximo movimento de política monetária do Federal Reserve.
O barril do petróleo Brent subiu pelo quinto dia seguido, aproximando-se de US$ 75, enquanto os investidores aguardavam uma eventual - e temida - resposta de Israel ao ataque de mísseis do Irã. O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu a Israel que adiasse um ataque às instalações nucleares iranianas.
“A questão tem sido sobre o quão agressiva será a resposta de Israel e se a infraestrutura energética será afetada, mas as expectativas são as de que ainda pode demorar algum tempo para que haja mais clareza”, disse Jun Rong Yeap, estrategista de mercado da IG Asia Pte.
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- Israel ataca Beirute. Forças do país realizaram ataque nesta madrugada na capital do Líbano, causando ao menos seis mortes, segundo as autoridades locais. O alvo foi um prédio no centro com ligações com o Hezbollah.
- Consumo reage. A Tesco, maior rede britânica de supermercados revisou para cima o guidance do lucro operacional do ano, em um sinal de que consumidores ensaiam retomar as compras em momento em que a inflação cede com mais força.
- França mira 0,3% mais rico. A taxação temporária anunciada pelo governo deve afetar famílias sem filhos que ganham mais de € 500 mil por ano, na faixa dos 0,3% mais ricos da França, disse o ministro do Orçamento, Laurent Saint-Martin.
(Com informações de Bloomberg News)