Bloomberg — As ações europeias operam em alta nesta quinta-feira (13) à medida que as negociações entre os EUA e a Rússia impulsionam o otimismo sobre um possível fim da guerra na Ucrânia.
A libra esterlina subiu depois que o crescimento do Reino Unido superou as expectativas.
O ex-presidente Donald Trump concordou, em uma ligação telefônica com o presidente russo Vladimir Putin, em iniciar negociações para encerrar a guerra na Ucrânia.
O índice Stoxx 600 avançou 0,5%, e atingiu um recorde histórico, com os investidores também lidando com uma agenda movimentada de resultados corporativos.
As ações da Nestlé saltaram 6% depois que seu crescimento de vendas e margem de lucro superaram as expectativas. A Siemens disparou após sua atualização trimestral.
O petróleo caiu ainda mais diante da especulação de que os riscos ao suprimento russo podem diminuir. Os títulos em dólar da Ucrânia registraram a maior alta entre os mercados emergentes.
O euro ganhou força e o dólar enfraqueceu, refletindo um maior apetite por risco nos mercados, à medida que os investidores concentravam sua atenção nas negociações de paz sobre a Ucrânia conduzidas pelo presidente Donald Trump com a Rússia.
Isso compensou o impacto negativo sobre as expectativas de cortes nos juros dos EUA, após dados divulgados na quarta-feira mostrarem uma inflação mais alta do que o esperado.
“O fim do conflito poderia eliminar os custos relacionados à guerra, especialmente no setor de energia, reduzir a incerteza e potencialmente impulsionar a confiança empresarial e os investimentos – fatores cruciais para as maiores economias da Europa”, disse Susana Cruz, estrategista da Panmure Liberum.
“Embora setores como o de defesa possam sofrer uma liquidação temporária, é provável que isso se corrija ao longo do tempo, já que conflitos recentes destacaram a necessidade de aumento nos gastos com defesa.”
A libra esterlina subiu após o Reino Unido registrar um crescimento econômico inesperado no final de 2024.
O produto interno bruto avançou 0,1% no quarto trimestre, uma aceleração em relação ao desempenho estável do terceiro trimestre. O resultado foi melhor do que a queda de 0,1% prevista pelos economistas e pelo Banco da Inglaterra.
Veja a seguir outros destaques desta manhã de quinta-feira (13):
- Fim da parceria entre Honda e Nissan. Empresas encerraram formalmente as negociações para uma fusão, o que colocou fim a uma parceria que, em teoria, poderia ter criado uma das maiores montadoras do mundo. Ambas afirmaram, porém, que continuarão sua parceria estratégica com a Mitsubishi.
- Brasil nos planos do Citi. Os fortes resultados do banco no Brasil o levaram a considerar manter parte maior de seu lucro no país para impulsionar o crescimento em vez de enviar os lucros para os EUA, de acordo com o responsável pela subsidiária brasileira.
- Barclays mantém metas de diversidade. O banco prometeu elevar a participação de mulheres em cargos para diretoria de 30% para 33% globalmente até o final deste ano. Na quarta-feira, a consultoria McKinsey também disse que seguiria com políticas de diversidade mesmo após pressão de Trump.
![Mercados globais 13/02/25 Mercados globais 13/02/25](https://www.bloomberglinea.com/resizer/v2/4MDCN3C25JFDPM7HQH7I36K664.png?auth=770ecbc570b2fa35391f75fc1091ecb64c459624f0ec331340eff0d2512bfb9f&width=1000&height=893&quality=80&smart=true)
🔘 As bolsas ontem (12/02): Dow Jones Industrials (-0,50%), S&P 500 (-0,27%), Nasdaq Composite (+0,03%), Stoxx 600 (-0,11%), Ibovespa (-1,69%)
→ Assine a newsletter matinal Breakfast, uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque em negócios e finanças no Brasil e no mundo.
-- Com informações da Bloomberg News.
Veja mais em bloomberg.com
©2024 Bloomberg L.P.