Ações asiáticas sinalizam abertura em queda com inflação e eleição nos EUA no radar

Investidores monitoram dados de inflação ao redor do mundo enquanto tentam prever os próximos passos de política monetária

The rate of the US dollar against the yen displayed on an electronic stock board outside a securities firm in Tokyo, Japan, on Friday, April 26, 2024. The Bank of Japan held its interest rate settings steady and simplified its language on bond-buying at a two-day meeting that took place after the yen hit a fresh 34-year low this week. Photographer: Akio Kon/Bloomberg
Por Matthew Burgess
23 de Junho, 2024 | 08:59 PM

Bloomberg — As ações asiáticas sinalizam uma abertura em queda na segunda-feira (24), em uma semana que inclui dados de inflação nos EUA que ajudarão a balizar as apostas sobre as perspectivas para as taxas de juros globais.

Os contratos de ações dos Estados Unidos operavam estáveis no início do pregão asiático, após o índice S&P 500 cair na sexta-feira (21) em meio a um grande vencimento de opções.

Dados de inflação na Austrália e em Tóquio, bem como o índice preferido de custos ao consumidor do Federal Reserve, podem ajudar nas apostas para os juros, após dados mostrarem que a atividade de serviços dos EUA aumentou para o ritmo mais rápido em mais de dois anos.

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Esta semana, enquanto analisam os dados de inflação, os traders também ficarão atentos aos crescentes riscos políticos. O primeiro debate presidencial dos EUA entre Joe Biden e Donald Trump está na agenda, assim como a primeira rodada de votação nas eleições legislativas francesas, que está marcada para o próximo fim de semana.

Traders e estrategistas estão começando a questionar quanto tempo o rali pode persistir, à medida que os mercados de títulos e moedas oscilam devido. Um índice de ações globais subiu 2,3% neste trimestre, a caminho do terceiro ganho trimestral consecutivo, enquanto as ações dos EUA atingiram novas máximas este mês em meio à febre da IA.

No caso das ações, uma correção já está começando a ser sinalizada, segundo o Morgan Stanley, pois a amplitude do mercado está “extremamente fraca”, com o momentum de algumas ações continuando quase sem interrupção.

Isso pode continuar no segundo semestre até que haja uma mudança na perspectiva macroeconômica, escreveu Michael Wilson, do Morgan Stanley, em uma nota no domingo (23), como a inflação sinalizando a necessidade de um aumento das taxas ou um crescimento desacelerando materialmente.

“Até que o mercado de títulos reaja com um prêmio de prazo mais alto ou o crescimento desacelere de maneira mais significativa, esperamos que esse desempenho de mercado estreito persista”, escreveu.

Na Ásia, os ativos chineses ampliaram o selloff na semana passada, à medida que os formuladores de políticas não demonstraram urgência em lançar mais estímulos. O yuan deslizou para seu nível mais baixo em sete meses, e o índice composto de referência de Xangai caiu abaixo do nível de 3.000 na sexta-feira pela primeira vez desde março.

Enquanto isso, a China e a União Europeia concordaram em iniciar negociações sobre os planos do bloco de impor tarifas sobre veículos elétricos importados da nação asiática.

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