Suspeito de matar CEO da UnitedHealthcare, Luigi Mangione é indiciado em Nova York

Promotores elevaram acusação e alegaram que ataque a tiros em hotel de Manhattan pode ser associado a um ato de terrorismo

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Bloomberg — Suspeito de assassinar um executivo em Nova York, Luigi Mangione foi formalmente indiciado pelo homicídio em primeiro grau do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, em frente a um hotel em Manhattan.

O caso foi elevado para homicídio em primeiro grau porque Thompson foi morto “em decorrência de um ato de terrorismo”, disseram os promotores na terça-feira (17).

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Mangione, de 26 anos, fugiu de Nova York após o tiroteio em 4 de dezembro, disseram as autoridades, dando início a uma busca de cinco dias que terminou com sua prisão no oeste da Pensilvânia. Ex-engenheiro de software, ele pode enfrentar prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional, se for condenado.

“Acusamos Luigi Mangione de realizar o audacioso, direcionado e fatal ataque a tiros contra o CEO da UnitedHealthcare”, disse o promotor do distrito de Manhattan, Alvin Bragg, em um comunicado. “Esse tipo de violência armada premeditada e direcionada não pode e não será tolerada, e meu escritório tem trabalhado dia e noite para levar o réu à Justiça.”

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Bragg anunciou a acusação horas depois de funcionários do tribunal anunciarem uma dupla audiência para Mangione na quinta-feira, no Condado de Blair, Pensilvânia, que poderá determinar a rapidez com que ele será enviado de volta a Nova York. Mangione disse em uma audiência na semana passada que contestaria sua extradição para Nova York.

Além de uma acusação de homicídio em primeiro grau, Mangione foi indiciado por duas acusações de homicídio em segundo grau, sete acusações de posse ilegal de arma e uma acusação de posse de carteira de motorista falsificada.

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O suspeito contratou a ex-promotora veterana de Manhattan Karen Friedman Agnifilo para defendê-lo das acusações.

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