Republicanos garantem maioria na Câmara e ampliam poder de Trump

Partido do presidente eleito terá maioria nas duas casas do Legislativo, o que limita a força da oposição e aumenta as chances de o novo governo implementar reformas

US House Speaker Mike Johnson, a Republican from Louisiana, at the House Republican conference meeting in Washington, DC, US, on Wednesday, Nov. 13, 2024
Por Billy House
13 de Novembro, 2024 | 05:28 PM

Bloomberg — O Partido Republicano manteve sua estreita maioria na Câmara de Representantes dos Estados Unidos, o que confirma a Donald Trump e seu partido o controle unificado dos poderes eleitos do governo e limita possíveis restrições ao poder do novo presidente.

A vitória dos republicanos, anunciada pela CNN e pela NBC News no fim do dia nesta quarta-feira (13), diminui drasticamente qualquer esperança de que os democratas reduzam o domínio de Trump sobre as grandes disputas do próximo ano em relação a trilhões de dólares em provisões tributárias que estão expirando.

Trump quer estender os cortes de impostos aprovados durante seu primeiro mandato de 2016 a 2020 e acrescentar novos que prometeu durante a campanha.

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O controle de Trump sobre a Presidência, o Senado e a Câmara também fortalece a mão do partido para aprovar controles de imigração e reduzir as regulamentações sobre Wall Street e o setor de energia.

O presidente eleito viajou para Washington na quarta-feira e se reuniu com os republicanos da Câmara, em que apoiou o presidente da casa, Mike Johnson, para manter seu cargo de liderança.

"Não é bom vencer?" disse Trump na reunião dos legisladores no Hyatt Regency, em Washington. "É sempre bom vencer."

O Partido Republicano terá pelo menos 218 assentos na Câmara, de um total de 435 membros, a partir de janeiro. Com Trump na Casa Branca, não é provável que a redução dos déficits orçamentários e da dívida pública seja priorizada.

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A vitória dos republicanos também elimina a ameaça de investigação das ações de Trump pelos democratas no Congresso. Durante seu primeiro mandato, a Câmara votou por seu impeachment duas vezes, embora ele nunca tenha sido condenado pelo Senado.

O resultado da Câmara também tem amplas ramificações para a política externa, acrescentando mais dúvidas à continuidade do apoio dos EUA à Ucrânia em sua defesa contra a invasão russa. Muitos republicanos na Câmara se opuseram à ajuda militar adicional para a Ucrânia.

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Divisões internas

A maioria republicana da Câmara, no entanto, será muito pequena, e as divisões intrapartidárias ameaçam ações unificadas.

A atual maioria reduzida foi afetada por disputas ideológicas que permitiram que alguns rebeldes conservadores amarrassem a legislação com qualquer indício de compromisso com os democratas.

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No final, isso muitas vezes forçou os líderes do partido a fazer concessões maiores aos democratas para obter votos da oposição.

Trump pode ter mais influência com os conservadores recalcitrantes da linha dura, principalmente com medidas que são prioridade para seu governo.

Mike Johnson foi eleito presidente da Câmara em outubro passado, depois que um “punhado” de rebeldes depôs seu antecessor, Kevin McCarthy.

Embora Johnson tenha irritado alguns legisladores republicanos ao depender de votos democratas para evitar a paralisação do governo, as campanhas de reeleição de seus colegas se beneficiaram do dinheiro que ele arrecadou para eles.

-- Com a colaboração de Lauren Dezenski.

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