Programa de demissão voluntária de Musk e Trump atrai 20.000 servidores

Número corresponde a menos de 1% da força de trabalho federal dos EUA, mas pode crescer até o prazo final de adesão na quinta-feira (6); promessa é a de salários pagos até setembro

Washington DC, sede do governo americano: cerca de 2,3 milhões de servidores federais trabalham no governo
Por Gregory Korte
04 de Fevereiro, 2025 | 02:52 PM

Bloomberg — Mais de 20.000 funcionários públicos nos Estados Unidos - cerca de 1% da força de trabalho federal - se inscreveram para uma oferta de demissão voluntária em troca de um acordo que fará com que os contribuintes continuem a pagar seus salários até o fim de setembro.

Mas esses números aumentam a cada dia, de acordo com um funcionário familiarizado com os dados que falou à Bloomberg News, e o governo de Donald Trump espera um pico de novas adesões à medida que os funcionários se aproximam do prazo final de quinta-feira (6) para aceitar a oferta.

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Trump e seu “czar da eficiência”, Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX, esperam que a oferta possa reduzir até 10% da força de trabalho federal.

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Essa meta pode ser difícil de ser atingida. Há quase 2,3 milhões de funcionários federais civis, mas talvez metade deles - incluindo servidores civis de defesa e inteligência, dos correios, policiais e alguns outros cargos sensíveis - não se qualificam para a oferta.

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E os sindicatos de funcionários federais pediram aos membros que fossem céticos com relação às ofertas, que, segundo eles, não eram garantidas em termos do pagamento prometido.

O Sindicato Nacional dos Funcionários do Tesouro disse que o programa foi “projetado para seduzir ou assustar para que os funcionários se demitam”, enquanto a Federação Americana de Funcionários do Governo disse que a intenção era “transformar o governo federal em um ambiente tóxico em que os trabalhadores não podem ficar, mesmo que queiram”.

Como resultado, o Office of Personnel Management (Escritório de Gestão de Pessoal) deu orientações cada vez mais detalhadas sobre a oferta e propôs colocar seus principais termos por escrito.

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Embora coloquialmente conhecido como “buyout”, o plano de demissão diferida é estruturado de forma diferente daqueles encontrados com frequência no setor privado, conhecidos como PDV.

Os funcionários têm até quinta-feira para aceitar e podem deixar seus empregos até o final de fevereiro. Eles são livres para aceitar outros empregos, desde que não entrem em conflito com a continuidade do emprego federal. Eles também têm que concordar em não processar o governo.

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