Bloomberg Línea — A economia dos Estados Unidos criou 254 mil vagas em setembro, enquanto a taxa de desemprego registrada no mês foi de 4,1%, com queda em relação aos 4,2% do mês anterior, segundo o relatório de folha de pagamento (payroll) divulgado na manhã desta sexta-feira (4).
O resultado de criação de vagas veio muito acima do esperado pelo terceiro mês consecutivo: a mediana das previsões de economistas consultados pela Bloomberg apontava para a criação de 150 mil postos de trabalho no período, após um aumento revisado de 159 mil vagas em agosto (142 mil originalmente).
Nos 12 meses anteriores, a média mensal foi de 203 mil novos postos de trabalho.
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A remuneração média por hora, por sua vez, avançou 0,4% em setembro. Em 12 meses, a alta foi de 4,0%.
Os números indicam uma resiliência acima do esperado do mercado de trabalho americano, o que pode desestimular os diretores do Fed a adotar um corte novamente agressivo de 50 pontos base em sua próxima reunião em setembro.
Na quinta-feira (3), os números de pedidos de seguro-desemprego divulgados mostraram um aumento em 6.000, totalizando 225 mil na semana encerrada em 28 de setembro. A previsão mediana em uma pesquisa da Bloomberg com economistas apontava para 221 mil solicitações.
Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA subiram após o relatório mais forte do que o esperado, diminuindo as expectativas de um grande corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve no próximo mês.
Os rendimentos subiram em toda a curva, com a taxa de dois anos atingindo 3,87%. Os futuros de ações dos EUA também subiram.
Os traders de títulos já estavam ajustando suas apostas antes da divulgação dos dados, reduzindo a probabilidade de um corte de meio ponto na taxa para 30%, abaixo dos 60% de uma semana atrás.
- Com informações de Bloomberg News.