Bloomberg Línea — Os Estados Unidos criaram 187 mil vagas de emprego em julho, segundo o relatório de empregos (payroll) divulgado nesta sexta-feira (4) pelo departamento de estatísticas dos EUA. A taxa de desemprego, por sua vez, ficou em 3,5% no último mês, ante 3,6% em junho.
O número veio abaixo das expectativas de economistas consultados pela Bloomberg, que previam a criação de 200 mil vagas de emprego no período.
Os salários, contudo, seguiram em alta, com avanço de 0,4% em julho na comparação mensal, ante alta esperada de 0,3%.
Após a divulgação, os índices futuros de Wall Street ampliaram os ganhos. Às 9h45 (horário de Brasília), o S&P 500 futuro subia 0,27%, enquanto o Nasdaq 100 futuro tinha alta de 0,31%.
Dados na lupa
Os dados do payroll seguem os números de emprego do ADP Research Institute, que destacaram na quarta-feira (2) a força persistente do mercado de trabalho americano.
O número de vagas no setor privado aumentou em 324.000 no mês passado, superando todas as estimativas em uma pesquisa da Bloomberg com economistas, que esperavam a criação de 190 mil vagas no período.
O crescimento dos salários continuou a desacelerar. Trabalhadores que permaneceram em seus empregos tiveram um aumento salarial de 6,2% em julho em comparação com o ano anterior – o mais lento desde novembro de 2021.
Enquanto isso, os pedidos de auxílio-desemprego permaneceram próximos dos níveis mais baixos do ano, destacando a demanda resiliente por trabalhadores. Os pedidos aumentaram em 6.000, totalizando 227.000 na semana encerrada em 29 de julho, de acordo com os dados do Departamento do Trabalho divulgados na quinta-feira (3).
A estimativa mediana em uma pesquisa da Bloomberg com economistas era de 225.000 pedidos.
Dados econômicos são acompanhados de perto por investidores, que buscam pistas sobre os próximos passos do banco central americano no combate à maior inflação em 40 anos.
Após elevar a taxa de juros dos EUA em 0,25 ponto percentual no final de julho, para o intervalo de 5,25% e 5,50%, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, descartou um cenário de corte de juros até dezembro, como esperado por parte do mercado.
Powell também fez alertas à inflação ainda elevada nos Estados Unidos e deixou a porta aberta para mais um aumento nos juros.
-- Com informações da Bloomberg News
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