Payroll: EUA criam 142 mil vagas em agosto, abaixo do esperado pelo mercado

Mediana de projeções de economistas apontava para a criação de 165 mil postos de trabalho, segundo consenso da Bloomberg; taxa de desemprego caiu de 4,3% para 4,2%

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Bloomberg Línea — A economia dos Estados Unidos criou 142 mil vagas em agosto, enquanto a taxa de desemprego caiu de 4,3% para 4,2%, segundo o relatório de folha de pagamento (payroll). O resultado, divulgado na manhã desta sexta-feira (6) pelo departamento de estatísticas do país, veio abaixo do esperado pelo segundo mês consecutivo.

A remuneração média por hora, por sua vez, subiu 0,4% em agosto, para US$ 35,21, e 3,8 % em 12 meses.

A mediana das previsões de economistas consultados pela Bloomberg apontava para a criação de 165 mil postos de trabalho no período, após um aumento de 114 mil em julho.

Os rendimentos do Tesouro caíram com a perspectiva de que os funcionários do Federal Reserve (Fed) possam reduzir as taxas de juros em meio ponto percentual em sua próxima reunião, para evitar uma fraqueza prolongada nas contratações. Os futuros do S&P 500 continuaram em baixa e o dólar ampliou as perdas.

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Outros relatórios sugerem que o mercado de trabalho perde força. Embora as demissões permaneçam em grande parte moderadas, muitas empresas estão adiando planos de expansão em meio a altos custos de empréstimos e incertezas antes da eleição presidencial de novembro.

Uma pesquisa do Fed com empresas regionais, publicada na quarta-feira, indicou que os empregadores se tornaram mais seletivos nas contratações nas últimas semanas, com alguns reduzindo horas e deixando vagas em aberto sem preenchimento.

O avanço nas folhas de pagamento foi liderado pelas contratações nos setores de saúde e assistência social. Construção e governo também registraram aumentos. O índice de difusão, que mede a amplitude do crescimento do emprego, subiu.

A taxa de participação — a parcela da população que está trabalhando ou procurando trabalho — permaneceu inalterada em agosto, em 62,7%. A taxa para trabalhadores de 25 a 54 anos, também conhecida como trabalhadores em idade produtiva, caiu pela primeira vez desde março.

--- Com informações de Bloomberg News