Payroll: EUA criam 114 mil vagas em julho, abaixo do esperado pelo mercado

Mediana de projeções de economistas apontava para a criação de 175 mil postos de trabalho, segundo consenso da Bloomberg; taxa de desemprego subiu de 4,1% para 4,3%

A remuneração média por hora subiu 0,2% em julho e 3,6 % em 12 meses
02 de Agosto, 2024 | 09:36 AM

Bloomberg Línea — A economia dos Estados Unidos criou 114 mil vagas em julho, enquanto a taxa de desemprego subiu de 4,1% para 4,3%, segundo o relatório de folha de pagamento (payroll). O resultado, divulgado na manhã desta sexta-feira (2) pelo departamento de estatísticas do país, veio bem abaixo do esperado.

A remuneração média por hora, por sua vez, subiu 0,2% em julho, para US$ 35,07, e 3,6 % em 12 meses.

A mediana das previsões de economistas consultados pela Bloomberg apontava para a criação de 175 mil postos de trabalho no período, após um aumento de 206 mil em junho.

Os dados, que se somam aos pedidos de auxílio-desemprego acima do esperado, mostram uma desaceleração no mercado de trabalho dos EUA e dão mais confiança para que os diretores do Federal Reserve iniciem o corte de juros em setembro.

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Os contratos futuros de ações dos EUA, que recuavam antes da divulgação, mantiveram as perdas. Os futuros do S&P caíam 1,04% às 9h34 (horário de Brasília), enquanto os futuros do Nasdaq cediam 1,65% no mesmo horário.

Mercado de trabalho

Na quinta-feira (1º de agosto), o Departamento do Trabalho dos EUA informou que os pedidos de auxílio-desemprego saltaram para o nível mais alto em quase um ano, acrescentando evidências de que o mercado de trabalho está desacelerando.

Os pedidos iniciais aumentaram em 14.000, chegando a 249.000 na semana encerrada em 27 de julho. A mediana das previsões em uma pesquisa da Bloomberg com economistas apontava para 236.000 pedidos. Michigan e Missouri estavam entre os estados com os maiores aumentos.

Os pedidos contínuos, um indicador para o número de pessoas recebendo benefícios de desemprego, também aumentaram para 1,88 milhão na semana encerrada em 20 de julho, o nível mais alto desde novembro de 2021.

Os dados dos pedidos são propensos a grandes variações semanais nesta época do ano, que incluem o fechamento de escolas e a reestruturação nas fábricas de automóveis.

A situação do mercado de trabalho dos EUA é acompanhada de perto, enquanto investidores aguardam um possível corte dos juros pelo Federal Reserve em setembro, conforme sinalizado na última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc).

- Com informações de Bloomberg News

Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.