Para Jeffrey Schmid, do Fed, o mercado de trabalho continua saudável

Presidente da regional do Federal Reserve em Kansas City sinaliza que a queda da inflação ainda não é suficiente para levar a um corte da taxa de juros

'É importante notar que muitos outros indicadores ainda apontam para força', ressaltou Schmid
Por Steve Matthews
09 de Agosto, 2024 | 01:07 PM

Bloomberg — O presidente da regional do Federal Reserve em Kansas City, Jeffrey Schmid, sinalizou que não está pronto para apoiar uma redução de juros com a inflação acima da meta e um mercado de trabalho ainda saudável nos EUA, apesar dos dados mais fracos divulgados recentemente.

Schmid disse que o recuo da inflação tem sido “encorajador” e que novos dados que mostrem queda das pressões de preços aumentariam sua confiança de que a inflação caminha para a meta de 2% do banco central americano e, portanto, para baixar juros.

“Estamos perto, mas ainda não chegamos lá”, disse Schmid em um evento. Ele não deu uma visão sobre quando o Fed deve cortar juros. “A trajetória da política monetária será determinada pelos dados e pela força da economia.”

Leia também: Maioria dos economistas prevê corte de 0,25 pp do Fed em setembro, aponta pesquisa

PUBLICIDADE

Os dirigentes do Fed têm rebatido os apelos por cortes de juros agressivos após a divulgação de um relatório de empregos mais fraco do que o esperado na semana passada. Os juros futuros precificam integralmente um corte de 0,25 ponto percentual em setembro, com chance de 60% de que seja de 0,50.

“No geral, o mercado de trabalho ainda parece saudável”, disse Schmid. “O relatório de emprego da semana passada para julho levou muitos a questionar essa resiliência. Mas é importante notar que muitos outros indicadores ainda apontam para força.”

As conversas com a comunidade de negócios da região coberta pelo Fed de Kansas City mostram “um tom geral de otimismo e resiliência”, acrescentou.

Schmid, que está entre os dirigentes mais hawkish do Fed, disse que um aumento da inflação para o maior patamar em várias décadas há dois anos exige cautela na avaliação do progresso da política monetária e que “deveríamos estar de olho no pior entre os dados em vez do melhor”.

Veja mais em Bloomberg.com