Opep+: Reunião é adiada após desacordo sobre os níveis de produção de petróleo

A Arábia Saudita, que vem implementando corte de 1 mi de barris por dia desde julho, estaria insatisfeita com os níveis de produção de outros membros do grupo

Por

Bloomberg — A reunião da Opep+que estava programada para este fim de semana foi adiada, em meio à insatisfação da Arábia Saudita com os níveis de produção de petróleo de outros membros. Agora, o encontro deverá ocorrer na próxima semana, segundo informações de delegados.

A Arábia Saudita, que vem implementando um corte adicional de 1 milhão de barris por dia desde julho, estava envolvida em discussões difíceis com outros membros sobre seus níveis de produção, relataram os delegados, que pediram para não serem identificados porque as conversas são confidenciais.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) estão vendo um cenário cada vez mais pessimista para os preços da commodity.

O petróleo bruto já caiu 15% em relação ao pico de setembro, para cerca de US$ 82 o barril em Londres, desafiando as expectativas de que os cortes na produção provocariam um rápido ajuste nos mercados.

A perspectiva para o próximo ano parece ainda mais fraca, com previsões de um superávit no primeiro semestre se o grupo mantiver suas políticas atuais.

“Eu acho que precisamos de um corte”, disse Pierre Andurand, renomado trader de petróleo e fundador da Andurand Capital Management, em uma entrevista à Bloomberg TV mais cedo nesta quarta-feira (22). “Os sauditas provavelmente vão querer que os outros países também reduzam, então acredito que será uma negociação.”

“A expectativa era de Riad estendesse um corte unilateral de 1 milhão de barris por dia até o primeiro trimestre do próximo ano para manter os mercados equilibrados. Mas o reino pode reverter a medida se seus parceiros não contribuírem ainda mais para as reduções na oferta”, disse Andurand.

Veja mais em Bloomberg.com

Leia também

COP28: Como a cúpula climática pode trazer avanços além dos acordos entre governos

Pressão do governo sobre a Petrobras chega ao querosene de aviação