Bloomberg Línea — O índice de inflação mais observado pelas autoridades do Federal Reserve (Fed), o PCE (Índice de Gastos Pessoais), teve variação de 0,4% em agosto, levemente abaixo do esperado pelo mercado financeiro.
O núcleo, considerado ainda mais importante pelo presidente do Fed, Jerome Powell, pois exclui as categorias de preços consideradas mais voláteis de energia e alimentos, teve variação de 0,1% em agosto, abaixo do 0,2% visto no mês anterior e o menor aumento desde o fim de 2020.
Estimativa mediana em pesquisa da Bloomberg com economistas era de alta de 0,5% em agosto, após variação de 0,2% em julho. Já para o núcleo, a expectativa era de 0,2%.
Em 12 meses, o índice geral avançou de 3,4%, em julho, para 3,5% em agosto, enquanto o núcleo desacelerou de 4,3% para 3,9%, segundo informou o departamento de estatísticas dos Estados Unidos.
Os futuros do S&P 500 e do Nasdaq, que operavam com ganhos na casa de 0,5% e 0,7%, respectivamente, minutos antes da divulgação, mostraram pouca alteração depois, preservando os ganhos.
Política monetária
O indicador é acompanhado de perto pelo mercado financeiro, que busca pistas sobre os próximos passos do Fed no combate à inflação, após o banco central americano manter este mês a taxa de juros inalterada.
Ontem (28), o presidente do Fed Bank de Richmond, Thomas Barkin, afirmou que os formuladores de políticas têm tempo para determinar se precisam de novas medidas para controlar a inflação e que o mercado de trabalho ainda pode oferecer algumas informações adicionais.
“Temos tempo para ver se fizemos o suficiente ou se há mais trabalho a ser feito”, disse ele. “O caminho a seguir depende de sabermos se as pressões inflacionárias ficaram para trás ou se vão persistir. Estarei acompanhando de perto o mercado de trabalho em busca desses sinais”, acrescentou.
Embora os funcionários do Fed tenham concordado este mês em manter a taxa de juros no intervalo de 5,25% a 5,5%, as projeções trimestrais atualizadas mostram que 12 dos 19 membros do Fomc veem outro aumento da taxa em 2023.
As previsões também mostram que os banqueiros centrais dos EUA, de forma geral, veem menos cortes em 2024 do que anteriormente previsto, em parte devido a um mercado de trabalho mais resiliente.
- Com informações da Bloomberg News
Leia também:
GetNinjas: redução de capital vai destravar agenda de M&A, defende CEO
Latinos já respondem por US$ 3,2 tri do PIB dos EUA, mostra relatório