Bloomberg — Economistas agora têm previsto um crescimento robusto da economia americana no terceiro trimestre e descartam uma contração no quarto. Eles também esperam que a taxa básica de juros do Federal Reserve fique alta por mais tempo.
Assim, o PIB dos EUA deve avançar a um ritmo anualizado de 1,8% no terceiro trimestre em relação ao segundo, quase quatro vezes mais do que o crescimento de 0,5% projetado em julho, segundo a última pesquisa mensal da Bloomberg junto a economistas.
Os especialistas também veem a maior economia do mundo se expandindo 0,4% nos últimos três meses do ano, em vez de se contrair em 0,4%, como previam antes.
Os analistas agora projetam uma economia mais forte em todos os setores, mas o destaque são os gastos do consumidor — que representam cerca de dois terços do PIB.
A pesquisa foi realizada entre 11 e 16 de agosto, e muitas das 68 respostas foram enviadas antes de um relatório do governo mostrar que as vendas no varejo superaram as estimativas em julho, após revisões para cima nos dois meses anteriores.
Os economistas estão cada vez mais otimistas que os EUA podem evitar uma recessão à medida que a inflação esfria sem causar muitos danos ao mercado de trabalho. Embora os americanos tenham que enfrentar a retomada dos pagamentos de empréstimos estudantis e custos altos de financiamento nos próximos meses, espera-se que um forte mercado de trabalho continue impulsionando os gastos.
“Existem vários ventos contrários enfrentados pelos consumidores americanos nos próximos meses”, disse Brett Ryan, economista sênior para EUA no Deutsche Bank. “No entanto, a resiliência inegável ao longo da primeira metade do ano e o forte início no terceiro trimestre aumentaram a probabilidade de que a economia evite cair em recessão —–pelo menos no curto prazo.”
Os economistas veem a economia dos EUA crescendo 2% em média este ano e 0,9% em 2024, acima das estimativas do mês passado em ambos os casos.
Diante disso, os economistas pesquisados agora veem o Fed mantendo os juros mais altas por mais tempo em meio aos riscos de que uma economia mais forte mantenha a inflação acima da meta. Embora não vejam novos aumentos no horizonte, eles também não esperam que o banco central americano corte as taxas até o segundo trimestre do ano que vem — três meses depois da estimativa de julho.
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