Bloomberg — Os navios superpetroleiros fabricados na China deverão ser alvo de taxas mais pesadas de acordo com a mais recente proposta dos Estados Unidos à medida que a guerra comercial entre Washington e Pequim se acirra.
As embarcações que navegam sob o comando de proprietários ou operadores não chineses podem esperar ser atingidos por uma sobretaxa de quase US$ 1,9 milhão ao fazer escala em um porto dos EUA de acordo com as novas regras, segundo estimativas do braço de pesquisa do Arrow Shipbroking Group.
A soma chega a US$ 5,2 milhões para qualquer navio de propriedade ou operado pela China, disse a empresa em uma nota de 18 de abril.
De acordo com a proposta anterior de Washington, os observadores do mercado estimaram cobranças de até US$ 3,5 milhões por escala em porto americano.
O aumento drástico nas taxas sob a última proposta do Representante de Comércio dos Estados Unidos decorre de um novo método de cálculo de taxas com base na capacidade de carga da embarcação, ou tonelagem líquida registrada.
A partir de meados de outubro, o custo de qualquer embarcação fabricada na China e operada por uma entidade não chinesa será de US$ 18 por nrt, com taxas que subirão para US$ 50 se o navio-tanque for de propriedade ou operado por uma empresa chinesa. Isso contrasta com a proposta anterior que cobrava taxas por visita.
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Como resultado, os superpetroleiros, como os VLCCs, enfrentam taxas muito mais caras com essa metodologia, em comparação com navios menores, como os aframaxes.
De acordo com as novas regras, os navios-tanque de produtos de diferentes tamanhos deverão pagar entre US$ 575.000 e US$ 1,2 milhão por visita aos EUA para navios de propriedade ou operados pela China.
Em suma, as novas taxas são consideradas menos severas do que antes, depois de levar em conta as exceções e isenções, disse Arrow. No entanto, “ainda há o potencial de impor pedágios pesados aos transportadores, e aos proprietários chineses em particular”, disse a empresa.
No entanto, a maioria dos navios-tanque atualmente em operação na água é de construção sul-coreana, e a frota chinesa tem metade deste tamanho, segundo dados da Clarksons Research.
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