Na contramão global, Índia quer incentivos para atrair empresas de carros elétricos

O primeiro-ministro Narendra Modi reiterou o compromisso em políticas públicas para atrair montadoras, embora sem detalhar; mercado atrai gigantes como BYD e Hyundai e novatas como a VinFast

Narendra Modi tem sido o líder do país mais populoso do mundo desde 2014
Por P R Sanjai - Swati Gupta
17 de Janeiro, 2025 | 09:23 AM

Bloomberg — A Índia tem elaborado políticas públicas para atrair investidores globais para seus ambiciosos planos de veículos elétricos, disse o primeiro-ministro Narendra Modi em um evento nesta sexta-feira (17), dado que a economia do sul da Ásia tem como meta emissões líquidas zero de carbono até 2070.

“A Índia é um destino excepcional para todos os investidores que buscam moldar seu futuro no setor de mobilidade”, disse Modi ao discursar na Bharat Mobility Global Expo em Bharat Mandapam, Nova Delhi, sem compartilhar detalhes de quaisquer novos incentivos.

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O país mais populoso do mundo verá um aumento de oito vezes no número de veículos elétricos até o final da década, disse Modi.

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A Índia é o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, mas tenta descarbonizar sua economia, concentrando-se no desenvolvimento de tecnologia verde, veículos elétricos, hidrogênio e biocombustíveis.

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O impulso político, juntamente com uma parcela de consumidores cada vez mais abastados do país, fez da Índia um dos mercados em ascensão para veículos elétricos em todo o mundo.

A BYD, da China, e a VinFast Auto, do Vietnã, estão entre as montadoras globais que se preparam para apresentar seus veículos elétricos no salão de automóveis em Nova Delhi nos próximos dias, enquanto disputam uma fatia maior de um mercado em que a Tesla se destaca por sua ausência.

Na Bharat Mobility Global Expo, a Maruti Suzuki India e a VinFast estrearão seus veículos elétricos, enquanto a BYD, a Hyundai Motor India e a Tata Motors aumentarão suas ofertas existentes.

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A Tesla, de Elon Musk, tem tentado entrar no lucrativo mercado de automóveis da Índia, que registrou um recorde de vendas de 4,3 milhões de unidades em 2024. No entanto ela optou por ficar à margem até o momento, citando os altos impostos de importação como um impedimento.

No ano passado, a Índia reduziu os impostos de importação sobre veículos elétricos de montadoras estrangeiras que se comprometeram a investir e iniciar a produção em uma fábrica local dentro de três anos.

-- Com a colaboração de Satviki Sanjay.

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