Milei planeja reduzir piso do IR para elevar receitas. Novo valor equivale a R$ 7.853

Atualmente o piso na Argentina é de 2,3 milhões de pesos ao mês, cerca de R$ 13.879, muito acima do Brasil; governo estuda reduzi-lo para 1,3 milhão de pesos

Javier Milei, Argentina's president, during a special address on day two of the World Economic Forum (WEF) in Davos, Switzerland
Por Manuela Tobias
23 de Janeiro, 2024 | 03:39 PM

Bloomberg — O presidente Javier Milei vai propor novas regras para aumentar o número de argentinos que pagam Imposto de Renda para reforçar a arrecadação do governo, segundo dois funcionários do governo familiarizados com o plano ouvidos pela Bloomberg News.

A proposta estabelece que indivíduos que ganham mais de 1,3 milhão de pesos (US$ 1.583 ou R$ 7.853) ao mês estarão sujeitos ao imposto, disseram as autoridades, pedindo anonimato.

Assim que a situação fiscal e macroeconômica melhorar, o governo irá considerar a redução de impostos, disse o porta-voz presidencial Manuel Adorni na manhã de terça-feira, confirmando que o projeto de lei seria apresentado. Adorni descreveu os impostos na Argentina como “nefastos” e “muito altos”.

O piso para pagamento do imposto de renda será ajustado trimestralmente de acordo com a taxa de inflação, disseram as autoridades. A proposta foi noticiada pela primeira vez pelo jornal La Nacion.

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Os argentinos que recebem menos de 15 salários mínimos, ou cerca de 2,3 milhões de pesos (cerca de R$ 13.879), estavam isentos de imposto de renda desde outubro. A mudança foi feita pelo então candidato e ministro da Economia, Sergio Massa, que buscava aumentar sua popularidade antes da eleição presidencial.

Milei, votou ao lado do governo peronista a favor da redução do imposto de renda proposta por Massa. Sua posição mudou este ano devido à necessidade de alcançar o equilíbrio fiscal, disse Adorni nesta terça-feira.

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