Milei e Scholz pedem conclusão de acordo comercial entre União Europeia e Mercosul

Líderes da Argentina e da Alemanha se encontraram em Berlim para discutir cooperação econômica; oposição da França é o grande obstáculo para o acordo

Olaf Scholz saluda a Javier Milei a su llegada a Berlín, el 23 de junio.
Por Michael Nienaber
24 de Junho, 2024 | 12:53 PM

Bloomberg — Os líderes da Alemanha e da Argentina pediram rapidez na conclusão do acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, em meio à oposição do presidente francês Emmanuel Macron.

O chanceler alemão Olaf Scholz recebeu o presidente Javier Milei no domingo (23) em Berlim para discutir uma cooperação econômica mais estreita em matéria de comércio, energia renovável e proteção climática.

Eles discutiram o acordo de livre comércio entre a UE e o Mercosul e “concordaram que as negociações sobre o acordo deveriam ser finalizadas rapidamente”, disse o principal porta-voz de Scholz, Steffen Hebestreit, em comunicado.

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A oposição da França tem sido um grande obstáculo ao pacto entre UE e Mercosul, que criaria um mercado integrado de 780 milhões de consumidores.

Macron argumentou que os agricultores europeus não deveriam ser colocados em desvantagem pelo acordo, insistindo que as concessões ambientais obtidas pela UE até agora estão aquém do necessário.

Fuente: Bloomberg

O pacto comercial seria o maior da história da UE e um dos maiores acordos de livre comércio do mundo. As objeções do presidente francês são significativas porque o acordo pode ser concluído como um chamado acordo misto, abrangendo competências tanto da UE como dos estados-membros. Isso permitiria um veto da França e exigiria a aprovação dos 27 parlamentos do bloco.

Scholz e Milei também discutiram a candidatura da Argentina para aderir à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), uma iniciativa apoiada pelo governo alemão. Eles falaram sobre os planos de reforma da Argentina e seu impacto sobre a população.

“O Chanceler enfatizou que, na sua opinião, a compatibilidade social e a proteção da coesão social deveriam ser parâmetros de referência importantes”, disse Hebestreit.

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