Bloomberg — O presidente argentino Javier Milei disse que descarta uma dolarização da economia antes das eleições legislativas do ano que vem, o primeiro indício de um cronograma para sua proposta de campanha mais ambiciosa.
“Não creio que chegaremos lá antes das eleições legislativas do ano que vem, mas o objetivo continua a existir”, disse Milei à CNN en Español em entrevista que foi ao ar no domingo (31) à noite.
Milei já havia dito que a dolarização viria só depois que seu governo limpasse o balanço do banco central e reformasse o sistema financeiro do país, sem sinalizar datas.
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Milei acrescentou que trabalha em uma “reforma do sistema financeiro”, que servirá como passo fundamental para o eventual fechamento do banco central, outro componente do plano econômico de sua campanha. Milei não deu detalhes sobre a reforma nem disse quando ocorrerá, mas confirmou sua visão de fechar a autoridade monetária em algum momento.
“Podemos fazer todas as reformas que quisermos, mas se deixarmos o banco central viver, mais cedo ou mais tarde, políticos delinquentes vão usá-lo para roubar o povo”, disse Milei.
O presidente libertário criticou os políticos por roubarem “grosseira e violentamente” os cidadãos, referindo-se à ideia de que a emissão desenfreada de dinheiro pelo banco central colocou a inflação argentina entre as mais altas do mundo.
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Durante a entrevista, Milei criticou vários líderes latino-americanos, incluindo o presidente colombiano Gustavo Petro. Depois de chamá-lo de “terrorista, assassino e comunista”, o governo da Colômbia expulsou funcionários da embaixada argentina.
Colômbia e Argentina divulgaram uma declaração conjunta domingo à noite de que mantiveram conversações para “superar quaisquer diferenças” e que a ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, visitaria Bogotá em breve.
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