México inicia ofensiva para barrar entrada de contrabando da China

Operação para combater o fluxo de mercadorias ilegais começou com a apreensão de mais de 260 mil itens com um valor estimado em US$ 370 mil

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Bloomberg — O México está planejando realizar uma operação em todo o país para combater o fluxo de mercadorias ilegais que entram no país, principalmente da China, de acordo com o Ministério da Economia.

O ministério conduzirá buscas em todos os 32 estados mexicanos, incluindo portos e aeroportos, disse o ministro da Economia, Marcelo Ebrard, na sexta-feira (29).

A medida ocorre após uma batida na quinta-feira (28), na qual cerca de 200 funcionários revistaram um centro comercial na Cidade do México conhecido por vender produtos chineses. O governo apreendeu mais de 260 mil itens com um valor estimado de 7,5 milhões de pesos (US$ 370.000).

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“As buscas ajudarão a determinar o tamanho desses fluxos ilegais de mercadorias que entram no país”, disse Luis Enrique Vazquez, secretário técnico do escritório de comércio exterior do ministério, em uma entrevista. “Elas nos permitirão rastrear e quantificar os volumes com os quais estamos lidando, que parecem ser enormes.”

Vázquez não quis revelar quando e onde serão feitas as próximas buscas, alegando razões de segurança.

Concorrência internacional

Os EUA e o Canadá expressaram preocupações de que as práticas comerciais do México com a China não estejam alinhadas com seus aliados norte-americanos. Os investidores também estão cada vez mais nervosos depois que Donald Trump anunciou, no início da semana, sua intenção de impor tarifas aos países vizinhos, em um esforço para pressioná-los a conter o fluxo de migrantes e a entrada de drogas ilegais, como o fentanil.

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Perguntado pelos repórteres se a medida era um sinal para Trump, Ebrard brincou que não havia recebido uma ligação do presidente eleito dos EUA sobre o centro comercial da Cidade do México que foi invadido.

As autoridades mexicanas encontraram na busca de quinta-feira uma série de produtos, de parafusos a máquinas de café, brinquedos e tecidos. Os objetos à venda incluíam itens de Bangladesh, China, Malásia, Vietnã e Indonésia.

As câmaras de comércio locais também acusaram as plataformas chinesas de comércio eletrônico de burlar as regras para evitar impostos sobre seus pacotes. O Ministério da Economia está atualmente trabalhando com o Ministério da Fazenda e o órgão fiscal do país em um mecanismo para garantir que essas plataformas paguem impostos, disse Vazquez.

No mês passado, a agência tributária do México anunciou em um comunicado medidas para aumentar o controle e o monitoramento das mercadorias que entram no país. Garantir que as plataformas paguem impostos é o próximo passo, disse ele.

Vazquez disse que as medidas estão sendo planejadas há meses e negou que tenham sido uma resposta à pressão dos EUA.

“Não se pode planejar tais operações em questão de dias para uma observação. Estamos planejando isso há meses”, disse ele, acrescentando que a medida visa a garantir melhores condições para as indústrias locais do México.

--Com a colaboração de Alex Vasquez.

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