Mentor das reformas de Milei ganha nova missão: reduzir o tamanho do estado

Federico Sturzenegger, ex-presidente do banco central no governo Macri, assume como ministro encarregado de desregulamentar o estado e reduzir a burocracia

Federico Sturzenegger, novo ministro no governo de Javier Milei e ex-presidente do banco central da Argentina no governo de Mauricio Macri (Foto: Bloomberg)
Por Manuela Tobías
05 de Julho, 2024 | 04:11 PM

Bloomberg — O presidente Javier Milei nomeou oficialmente o ex-chefe do banco central argentino Federico Sturzenegger para reformular completamente o governo, após meses de rumores sobre a chegada do consultor ao gabinete.

Sturzenegger, 58 anos, chefiará um novo Ministério de Desregulamentação e Transformação do Estado, com o objetivo expresso de reduzir ainda mais a presença do governo nacional e diminuir a burocracia. A designação foi formalmente anunciada no diário oficial logo após a meia-noite desta sexta-feira (5).

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O novo ministro foi o principal mentor e arquiteto por trás do projeto original de reformas estruturais de Milei, aprovado pelo Congresso na semana passada após seis meses de negociações que diluíram significativamente a legislação prevista.

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Em sua nova função, ele terá a tarefa de otimizar e modernizar a Argentina a fim de reduzir os gastos públicos e tornar a administração mais eficiente, de acordo com o jornal.

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Essa é a terceira vez que Sturzenegger ocupa um cargo-chave no Estado.

A primeira vez foi em 2001, quando teve uma breve passagem como secretário de política econômica do ex-presidente Fernando de la Rúa.

Ele retornou de 2015 a 2018 para liderar o banco central no governo do ex-presidente Mauricio Macri. Ele tem doutorado em economia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT).

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A nova função de Sturzenegger gerou rumores sobre o destino do ministro da Economia, Luis Caputo, dadas as tensões entre os dois durante a crise financeira de 2018 no governo de Macri, quando Caputo era secretário de finanças e Sturzenegger liderava a autoridade monetária.

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Sturzenegger disse que sua credibilidade havia se deteriorado antes de se demitir em meio a uma venda de pesos na época, e Macri o substituiu por Caputo, que durou alguns meses no cargo.

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Desde que se juntaram ao governo de Milei, porém, os dois homens têm se elogiado mutuamente.

“Somos totalmente compatíveis, ele faz algo que é fundamental para o país e o faz melhor do que ninguém”, disse Caputo a jornalistas na semana passada durante uma entrevista coletiva de imprensa, quando questionado sobre a chegada de Sturzenegger.

“A Argentina é uma bagunça de obstáculos e, como estamos olhando para o longo prazo, o aspecto mais fundamental é desfazer tudo isso.”

- Com a colaboração de Silvia Martinez.

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