Bloomberg — O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que não renunciará se o seu partido obtiver um resultado desfavorável na eleição parlamentar antecipada para o fim do mês e o início de julho.
“Vou acabar com essa notícia falsa”, disse o líder francês em uma entrevista coletiva de imprensa em que apresentou um programa de campanha montado às pressas. “É um absurdo.”
Macron disse que nomeará um primeiro-ministro, como exige a constituição após a eleição, mas isso não significa entregar o controle à extrema-direita.
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As pesquisas mostram que o partido National Rally, de Marine Le Pen, tem uma vantagem substancial no primeiro turno das eleições, em 30 de junho.
Entretanto o sistema de dois turnos na França significa que os partidos rivais podem se unir para bloquear o caminho da extrema direita na segunda votação, em 7 de julho.
A decisão surpresa do presidente de 46 anos de dissolver a Assembleia Nacional depois que seu partido sofreu uma derrota esmagadora para Le Pen nas eleições europeias mergulhou o país na incerteza política.
Os títulos do governo francês permaneceram inalterados após as declarações de Macron, com o rendimento de 10 anos estável em 3,23%. A taxa subiu mais de 10 pontos-base nesta semana, já que a convocação de Macron para uma votação antecipada abalou a confiança dos investidores.
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A taxa atingiu uma alta de 3,33% na terça-feira (11), a maior desde novembro passado. O índice CAC 40 da França subia perto de 0,40% às 12h20 no horário local, preservando os ganhos registrados antes que Macron começasse a falar.
Macron pediu aos principais partidos da França que se unam para combater a extrema direita. Ele fez um apelo aos “verdes, à centro-direita e a todos aqueles que não se veem na febre dos extremistas” para defender os valores republicanos do país contra a ameaça representada por Le Pen.
"Podemos e devemos ter um diálogo ambicioso, construtivo e aberto - e pensar na melhor maneira de servir à França juntos", disse ele.
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