Bloomberg — A contribuição dos latinos para a economia dos Estados Unidos aumentou para US$ 3,2 trilhões em 2021, o que a colocaria em quinto lugar no mundo se o grupo fosse um país independente, logo atrás da Alemanha e à frente do Reino Unido e da Índia, de acordo com um relatório divulgado nesta quarta-feira (27).
Os latinos nos Estados Unidos, que têm uma alta taxa de participação na força de trabalho, crescimento populacional e produtividade crescente em comparação com outros grupos, também viram seus rendimentos aumentar.
De 2011 a 2021, a renda do grupo aumentou a uma taxa anualizada de 4,7%, em comparação com 1,9% para não latinos, de acordo com o Relatório do PIB Latino de 2023, que mede a produção econômica do grupo no país.
Ao redor dos EUA, os latinos contribuíram com 20,9% do crescimento real do PIB durante essa década, disseram pesquisadores da Universidade Estadual do Arizona no relatório, que foi produzido pela organização sem fins lucrativos Latino Donor Collaborative em parceria com o banco Wells Fargo.
Os latinos fizeram contribuições significativas para estados como Califórnia, Texas e Nova York, mas entre os estados menores, os autores do relatório observaram “uma revolução silenciosa em curso”.
Na década que terminou em 2021, Dakota do Sul, Dakota do Norte e New Hampshire viram o Produto Interno Bruto latino crescer a uma taxa anual real de pelo menos 10%.
Esses dados devem informar a discussão mais ampla sobre imigração nos Estados Unidos, disse Sol Trujillo, co-fundador e presidente da LDC, em uma entrevista à Bloomberg News.
“Se tivermos políticas que digam ‘não queremos imigrantes’, não seremos capazes de criar e preencher novos empregos, o que poderia estimular um crescimento dramático em nossa economia”, disse Trujillo.
Em comparação com as maiores economias do mundo, o PIB latino dos Estados Unidos foi a terceira economia de crescimento mais rápido durante a década que terminou em 2021, ficando atrás da China e da Índia.
No relatório, o PIB latino mede as compras feitas por e em nome dos latinos. A renda bruta doméstica é medida por meio da renda auferida pelos latinos que residem nos Estados Unidos.
Os maiores componentes da economia latina no país incluem administração pública, manufatura, real estate e cuidados de saúde, mostra o estudo. Entre 2011 e 2021, houve um aumento de 6,8% no número de pessoas com diploma de bacharel ou superior.
De acordo com o Departamento de Censo dos Estados Unidos, havia em 2021 62,6 milhões de pessoas de origem hispânica nos EUA, representando quase 19% da população total.
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