Bloomberg — O fundador da Citadel, Ken Griffin, disse que o Federal Reserve deve agir com cautela ao reduzir as taxas de juros para evitar a possibilidade de ter que reverter o curso posteriormente.
“Pausar e depois mudar de direção rapidamente rumo a taxas mais altas seria, na minha opinião, a ação mais devastadora a ser feita”, disse Griffin na terça-feira (12) durante a conferência da Futures Industry Association em Boca Raton, na Flórida.
“Por isso, acho que eles vão ser um pouco mais lentos [no corte das taxas] do que as pessoas estavam esperando.”
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sugeriu na semana passada que o banco central está se aproximando da confiança necessária para começar a reduzir as taxas de juros.
“Estamos aguardando para nos tornarmos mais confiantes de que a inflação esteja se movendo sustentavelmente em direção à meta de 2%”, disse Powell na quinta-feira (7), enquanto respondia a perguntas do Comitê Bancário do Senado.
“Quando tivermos essa confiança - e não estamos longe disso - será apropriado começar a reduzir o nível de restrição.”
Na entrevista, Griffin também disse que a participação da Citadel no resgate do New York Community Bancorp neste mês foi o “preço certo” para o investimento.
A Citadel Global Equities, parte do império de fundos hedge de Griffin, é uma das empresas que apoiam o negócio de US$ 1 bilhão, liderado pelo ex-secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, do Liberty Strategic Capital.
Griffin, que tem patrimônio líquido de mais de US$ 37 bilhões de acordo com o índice de bilionários da Bloomberg, fundou o hedge fund Citadel em 1990.
Ele criou mais tarde a Citadel Securities, a empresa de trading que atende gestores de ativos, bancos, corretoras, fundos hedge, agências governamentais e fundos de pensão.
A empresa de trading ganhou destaque na era das ações de meme e é responsável por cerca de um terço de todas as negociações de ações no varejo dos EUA.
Agora, a Citadel Securities está aumentando sua presença no mercado de renda fixa, além de swaps de taxa de juros e títulos do Tesouro, para atender investidores institucionais em negociações de dívida empresarial, começando com títulos investment grade.
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