Kazaks, do BCE, diz que dados apoiam nova redução dos juros neste mês

O argumento a favor de outra medida de flexibilização monetária foi reforçado pela queda da inflação em agosto na zona do euro para seu nível mais baixo desde meados de 2021

Por

Bloomberg — O Banco Central Europeu pode reduzir as taxas de juros na reunião deste mês, de acordo com o membro do Conselho do BCE, Martins Kazaks.

“Na próxima semana, teremos a reunião do conselho do BCE e, na minha opinião – observando os dados que temos disponíveis no momento – podemos dar o próximo passo na direção da redução das taxas”, afirmou em uma entrevista à uma rede de TV local nesta quarta-feira (4).

"É claro que haverá uma discussão, como sempre há, mas para mim, neste momento, o quadro é bastante claro."

Leia também: Gestoras globais veem ‘momento’ para títulos de emergentes ante corte do Fed

O BCE está se preparando para um segundo corte nas taxas após a redução inicial de junho. O argumento a favor de outra medida foi reforçado pela queda da inflação em agosto na zona do euro para seu nível mais baixo - 2,2% na taxa anualizada - desde meados de 2021, embora alguns formuladores de políticas monetárias tenham enfatizado que a batalha para controlar os preços ainda não terminou.

Os investidores estão apostando em mais duas ou três reduções nos custos de empréstimos este ano – além de medidas adicionais em 2025.

À medida que a taxa de juros – atualmente em 3,75% – se aproxima da marca de 3%, é provável que as discussões entre as autoridades se tornem mais difíceis, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto que falaram à Bloomberg News.

Kazaks apontou os aumentos elevados nos custos de serviços – impulsionados pelo aumento dos salários – como um motivo para manter a cautela e flexibilizar a política monetária apenas gradualmente. Mas ele disse que o crescimento dos salários está se moderando.

“As taxas precisam cair, porque a maior parte do problema da inflação foi resolvida”, disse Kazaks. “A discussão é apenas sobre a rapidez e a intensidade.”

Veja mais em bloomberg.com